COLÉGIO MUNICIPAL THEÓPHILO SAUER
Nome do
bolsista:
Anderson Bueno Araújo
Turma: 211
Supervisora: Raquel Coelho de
Almeida
Data: 30/08/2017
PLANO DE AULA
OBJETIVOS
GERAIS:
- Trabalhar a interpretação textual a fim de desenvolver o
senso crítico.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Criar uma produção de texto acerca do assunto tratado
para que posteriormente possamos trabalhar em cima das principais dificuldades
ortográficas.
METODOLOGIA:
- Levaremos para a sala de aula duas bonecas despidas de
vestimentas para que seja feita uma votação a fim de sabermos qual delas está
“mais bem vestida”.
- Após a votação, será realizada a leitura do conto “A
Roupa Nova do Imperador”, de Hans Christian Andersen.
- Em um terceiro momento, efetuar-se-á uma interpretação
textual acerca do texto lido.
- Por fim, executar-se-á uma produção de texto referente ao
assunto.
CRONOGRAMA:
-
Dois períodos de aproximadamente 45 minutos cada.
RECURSOS:
- Duas bonecas despidas de vestimentas.
- Folhas xerocadas com o conto “A Nova Roupa do Imperador”,
de Hans Christian Andersen.
- Questões sobre o assunto.
A ROUPA NOVA DO IMPERADOR
Há muitos e muitos anos
havia um Imperador tão apaixonado pelas roupas novas, que gastava com elas todo
o dinheiro que possuía. Pouco se incomodava com seus soldados, com o teatro ou
com os passeios pelos bosques, contanto que pudesse vestir seus trajes. Tinha
um para cada hora do dia, e, ao invés de se dizer dele o que se diz de qualquer
imperador: “Está na Câmara do Conselho”, dizia-se sempre a mesma coisa: “O
Imperador está se vestindo”.
Na capital em que ele
vivia, a vida era muito alegre; todos os dias chegavam multidões de forasteiros
para visitá-la, e, entre eles, certa ocasião chegaram dois vigaristas.
Fingiram-se de tecelões, dizendo-se capazes de tecer os tecidos mais
maravilhosos do mundo. E não somente as cores e os desenhos eram magníficos,
como também os trajes que se faziam com aqueles tecidos possuíam a qualidade
especial de serem invisíveis para qualquer pessoa que não tivesse as qualidades
necessárias para desempenhar suas funções e também que fossem muito tolas e
presunçosas.
- Devem ser trajes magníficos - pensou o
Imperador.
- E se eu vestisse um deles, poderia descobrir
todos aqueles que em meu reino carecessem das qualidades necessárias para
desempenhar seus cargos. E também poderei distinguir os tolos dos inteligentes.
Sim, estou decidido a mandar tecer uma roupa para mim, a qual me servirá para
tais descobertas.
Entregou a um dos
tecelões uma grande quantia como adiantamento, a fim de que os dois pudessem
começar imediatamente o esperado trabalho. Os dois vigaristas prepararam os
teares e fingiram entregar-se ao trabalho de tecer, mas o certo é que no tear
não havia nenhum fio nas lançadeiras. Antes de começar pediram certa quantidade
da seda mais fina e fio de ouro da maior pureza e guardaram tudo em seus
alforjes e depois começaram a trabalhar, isto é, fingindo fazê-lo, com os
teares vazios.
- Gostaria de saber
como vai o trabalho dos tecelões - pensou um dia o bondoso Imperador.
Todavia, ficou um tanto
aflito ao pensar que alguém que fosse tolo ou não estivesse capacitado para
exercer sua função, não poderia ver o tecido. Não temia por si mesmo, mas achou
mais prudente enviar outra pessoa, para que lhe desse conta daquilo. Todos os
habitantes da cidade conheciam as maravilhosas qualidades do tecido em questão,
e todos, também, desejavam saber, por esse meio, se seu vizinho ou amigo era um
tolo.
- Mandarei meu fiel
primeiro ministro visitar os tecelões - pensou o Imperador. Será o mais
capacitado para ver o tecido, porque é um homem muito hábil e ninguém cumpre
seus deveres melhor do que ele. Assim o bom e velho primeiro ministro se
dirigiu para o aposento em que os vigaristas trabalhavam nos teares completamente
vazios.
- Deus me proteja! -
Pensou o ancião, abrindo os braços e os olhos. - Mas se eu não vejo nada! No
entanto, evitou dizê-lo. Os dois vigaristas pediram-lhe que fizesse o favor de
aproximar-se um pouco mais e rogaram-lhe que desse a sua opinião a respeito do
desenho e do colorido do tecido. Mostraram o tear vazio e o pobre ministro, por
mais que se esforçasse para ver, não conseguia enxergar coisa alguma, porque
não havia nada para ver.
- Deus meu! - pensava.
- Será possível que eu seja tão tolo assim? Nunca me pareceu e é preciso que
ninguém o saiba. Talvez eu não esteja capacitado a desempenhar a função que
ocupo. O melhor será fingir que estou vendo o tecido.
- Não quer dar a sua
opinião, senhor? - Perguntou um dos falsos tecelões.
- É muito lindo! Faz um
efeito encantador! - Exclamou o velho ministro, fitando através de seus óculos.
- O que mais me agrada são o desenho e as maravilhosas cores que o compõem.
Asseguro-lhes que darei conta ao Imperador do quanto gosto de seu trabalho, muito
bem aplicado e lindíssimo.
- Ficamos muito
honrados em ouvir tais palavras de vossos lábios, senhor Ministro replicaram os
tecelões.
Começaram então a
dar-lhe detalhes do complicado desenho e das cores que o formavam. O ministro
ouviu-os com a maior atenção, com a ideia de poder repetir suas palavras quando
estivesse na presença do Imperador.
A seguir os dois
vigaristas pediram mais dinheiro, mais seda e mais fio de ouro, para que
pudessem prosseguir com o trabalho. Porém, assim que receberam o solicitado,
guardaram-no como antes. Nem um só fio foi colocado no tear, embora eles
fingissem continuar trabalhando apressadamente.
O Imperador enviou
outro fiel cortesão para dar-se conta dos progressos do trabalho dos falsos
tecelões e a fim de saber se eles demorariam muito para entregar o tecido. A
este segundo enviado aconteceu a mesma coisa que o primeiro ministro, isto é,
mirou e remirou o tear vazio, sem ver tecido algum.
- Não acha que é uma
fazenda maravilhosa? - Perguntaram os vigaristas mostrando e explicando um
desenho imaginário e um colorido não menos fantástico, que ninguém conseguia
ver.
- Sei que não sou tolo
- pensava o cortesão - mas se não vejo o tecido, é porque não devo ser capaz de
exercer minha função à altura da mesma. Isso me parece estranho. Mas é melhor
não dar a perceber esse fato.
Por esse motivo falou
no tecido que não via e manifestou seu entusiasmo pelo colorido maravilhoso e
pelos originais desenhos.
- Ali está algo
realmente encantador, disse mais tarde ao Imperador, quando prestou contas de
sua visita.
Por sua vez, o
Imperador achou que devia ir ver o famoso tecido enquanto ainda estivesse no
tear. E assim, acompanhado por um escolhido grupo de cortesãos, entre os quais
se encontravam o primeiro ministro e o outro palaciano, que haviam fingido ver
o tecido, foi fazer uma visita aos falsos tecelões, que com o maior cuidado
trabalhavam no tear vazio, em meio à maior seriedade.
- É magnífico! -
exclamaram o primeiro ministro e o palaciano. - Digne-se Vossa Majestade a
olhar para o desenho. Que cores maravilhosas! E apontavam para o tear vazio,
pois não tinham dúvidas de que as outras pessoas viam o tecido.
- Mas o que é isto? -
pensou o Imperador. - Não estou vendo nada! Isso é terrível! Serei um tolo? Não
terei capacidade para ser Imperador? Certamente não poderia acontecer-me nada
pior.
- É realmente uma
beleza! - Exclamou logo depois. - O tecido merece a minha melhor aprovação.
Manifestou a sua aprovação por meio de alguns gestos, enquanto olhava para o
tear vazio, pois ninguém poderia induzi-lo a dizer que não via coisa alguma.
Todos os outros cortesãos olhavam por sua vez. Mas não viam nada. Porém, como
nenhum queria dar parte de tolo ou de incapaz, fizeram coro com as palavras de
Sua Majestade.
-
É uma beleza! - Exclamaram em coro.
Aconselharam o
Imperador que mandasse fazer uma roupa com aquele tecido maravilhoso, a fim de
estreá-la numa grande procissão que devia realizar-se daí a alguns dias. Os
elogios corriam de boca em boca e todos estavam entusiasmados. O Imperador
condecorou os dois vigaristas com a ordem dos cavaleiros, cuja insígnia
poderiam usar e concedeu-lhes o título de Cavaleiros Tecelões.
Os dois vigaristas
ficaram a noite toda trabalhando, à luz de dezesseis velas, na noite anterior
ao dia da procissão; desejavam que todos testemunhassem o grande interesse que
eles demonstravam em terminar a roupa do soberano. Fingiram tirar a fazenda do
tear, cortaram-na com tesouras enormes e costuraram-na com agulhas sem linha de
espécie alguma. Finalmente disseram:
- Já está pronto o
traje de Sua Majestade.
O Imperador,
acompanhado por seus mais nobres cortesãos, foi novamente visitar os
vigaristas, e um deles, levantando um braço, como se segurasse uma peça de
roupa, disse:
- Aqui estão as calças.
Este é o colete. Veja Vossa Majestade o casaco. Finalmente, dignai-vos a
examinar o manto. Estas peças pesam tanto quanto uma teia de aranha. Quem as
usar mal sentirá o seu peso.
Todos os cortesãos
concordaram, mesmo sem ver coisa alguma, pois na realidade não havia nada para
ver, já que nada havia.
- Dignai-vos tirar o
traje que leva. - Disse um dos falsos tecelões - e assim poderá experimentar a
roupa nova na frente do espelho.
E o Imperador tirou a
roupa que vestia, os impostores fingiram entregar-lhe sucessivamente e ajudá-lo
a vestir cada uma das peças que compõem um traje. Fingiram colocar algo ao
redor de sua cintura e o Imperador, nesse meio tempo, virava-se uma vez ou outra
para o espelho, a fim de contemplar-se.
- Que bem assenta este
traje em Sua Majestade. Como está elegante. Que desenho e que colorido! É uma
roupa magnífica!
- Lá fora está o dossel
sob o qual irá Vossa Majestade tomar parte na procissão disse o mestre de
cerimônias.
- Ótimo. Já estou
pronto - disse o Imperador. - Acham que esta roupa me assenta bem?
E novamente mirou-se no
espelho, a fim de fingir que se admirava vestido com a roupa nova.
Os camaristas que
deviam carregar o manto inclinaram-se fingindo recolhê-lo no chão e logo
começaram a andar com as mãos no ar. Também não se atreviam a dizer que não
viam coisa alguma. O Imperador foi ocupar seu lugar no cortejo da procissão
embaixo do luxuoso dossel e todos os que estavam nas ruas e nas janelas exclamaram:
- Como está bem vestido
o Imperador! Que cauda magnífica! A roupa assenta nele como uma luva!
Ninguém queria dar a
perceber que não podia ver coisa alguma, para não passar por tolo ou por
incapaz. O caso é que nunca uma roupa do Imperador alcançara tanto sucesso.
- Mas eu acho que ele
não veste roupa alguma! - Exclamou então um menino.
- Ouçam! Ouçam o que
diz esta criança inocente! - Observou seu pai a quantos o rodeavam.
Imediatamente todo
mundo se comunicou pelo ouvido as palavras que o menino acabava de pronunciar.
- Não veste roupa
alguma. Foi isso o que assegurou este menino.
- O Imperador está sem
roupa! - Começou a gritar o povo.
O Imperador fez um
trejeito, pois sabia que aquelas palavras eram a expressão da verdade, mas
pensou: - A procissão tem de continuar.
E assim, continuou mais
impassível que nunca e os camaristas continuaram segurando a sua cauda
invisível.
Hans
Christian Andersen
QUESTÕES:
1) Você
tem muitas roupas?
2) Você
gosta de sair para comprar roupas novas? Por quê?
3) Você
gosta de sair pra passear com roupas novas? Por quê?
4) Você
gostaria de poder usar um traje diferente todos os dias? Por quê?
5) O Imperador
da história não queria reconhecer que estava completamente nu na frente de seus
súditos, pois tinha receio de que pudesse ser alvo de chacotas, o que acabou
acontecendo no final. O que você faria se estivesse no lugar do Imperador? Dê
sua opinião:
6) Construa
um final alternativo à história, sem esquecer-se de dizer o que houve com o
imperador, o ministro e também com os dois vigaristas: (mínimo de 20 linhas;
letra legível; caneta azul ou preta).
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