Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Planejamento: Declamando e conhecendo as tradições  
Colégio Estadual João Mosmann 

Professores:  Andréia  Sarturi, Leandro Lui e Tamiris Adelcia Santos da Silva.

Objetivos:
Trabalhar a tradição gaúcha por meio de interpretação textual e reconhecimento de expressões típicas.

Desenvolvimento:
·         Os professores levarão para a sala de aula o poema Galo de Rima. Os aulos deverão ler e após será realizada uma discussão acerca de como o gaúcho é retratado nesse poema.
·         Além disso, serão realizadas atividades de interpretação textual oralmente e um jogo para que os alunos identifiquem alguns significados de algumas expressões regionais.

 Poema a ser declamado em aula:

Galo de Rinha
 
Valente galo de rinha,
guasca vestido de penas!
Quando arrastas as chilenas
No tambor de um rinhedeiro,
No teu ímpeto guerreiro
Vejo um gaúcho avançando
Ensangüentado, peleando,
No calor do entreveiro !

Pois assim como tu lutas
Frente a frente, peito nu.
Lutou também o xirú
Na conquista deste chão...
E como tu sem paixão
Em silêncio ferro a ferro,
Caía sem dar um berro
De lança firme na mão!

Evoco nesse teu sangue
Que brota rubro e selvagem.
Respingando na serragem,
Do teu peito descoberto,
O guasca no campo aberto,
De poncho feito em frangalhos.
Quando riscava os atalhos
Do nosso destino incerto!

Deus te deu, como ao gaúcho
Que jamais dobra o penacho,
Essa de altivez de índio macho
Que ostentas já quando pinto:
E a diferença que sinto
E que o guasca, bem ou mal!,
Só luta por um ideal
E tu brigas por instinto!

Por isso é que numa rinha
Eu contigo sofro junto,
Ao te ver quase defunto.
De arrasto, quebrado e cego,
Como quem diz: "Não me entrego,
Sou galo, morro e não grito,
Cumprindo o fado maldito
Que desde a casca eu carrego!"


E ao te ver morrer peleando
No teu destino cruel.
Sem dar nem pedir quartel.
Rude gaúcho emplumado.
Meio triste, encabulado,
Mil vezes me perguntei
Por que é que não me boleei
Pra morrer no teu costado?

Porque na rinha da vida
Já me bastava um empate!
Pois cheguei no arremate
Batido, sem bico e torto
E só me resta o conforto
Como a ti, galo de rinha,
Que se alguém dobrar-me a espinha
Há de ser depois de morto!



(Jayme Caetano Braun)



            Os alunos receberão a tabela abaixo já recortada e terão que encontrar os significados das palavras da primeira coluna. Vence o grupo que realizar a atividade primeiro. 



RINHA
LUTA DE GALOS
CHILENAS
SAPATOS E CALÇADOS
RINHEDEIRO
OCORRE RINHA DE GALOS
ÍMPETO
MOVIMENTO INTENSO, FORÇA, AGITAÇÃO, VIOLÊNCIA
CHIRÚ
ÍNDIO  VELHO , INDIVÍDUO  DE RAÇA CABOCLA
RUBRO
VERMELHO, COR DE FOGO , AFOGUEADO
PONCHO
CAPA, MANTO E PALA
ALTIVEZ
ARROGANTE
PENACHO
CONJUNTO DE PENAS EM RAMOS COM QUE SE ORNAM CHAPÉUS, CAPACETE
QUARTEL
EDIFÍCIO DESTINADO A ALOJAMENTO DE SOLDADOS.
BOLEEI
ARREDONDEI
COSTADO
CONJUNTO DE CHAPAS OU PRANCHAS QUE REVESTEM O CAVERNAME DE UM NAVIO
PELEANDO
BRIGANDO, LUTANDO, COMBATENDO, PELEJANDO, TEIMAR E DISPUTANDO
ENCABULADO
CARACTERÍSTICA DA PESSOA QUE ESTÁ CONSTRANGIDA, ENVERGONHADA.
EMPLUMADO
COBERTO DE PLUMAS OU DE PENAS , EMPENADO
ARREMATE
CONCLUIR, TERMINAR ALGO


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