Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ESCOLA THEÓPHILO SAUER PROFESSORES BOLSISTAS ELEMAR E JANAÍNA TRABALHO SOBRE ETNIAS – DISCRIMINAÇÃO RACIAL - TURMA: 173


ESCOLA THEÓPHILO SAUER
PROFESSORES BOLSISTAS ELEMAR E JANAÍNA

TRABALHO SOBRE ETNIAS – DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Ø  Data: 05/05/15 – 12/05/15 – 19/05/15 – 26/05/15

Ø  Carga horária: oito períodos/ oito horas.

Ø  Assunto: Discriminação racial

Ø  Turma: 173

Ø  Objetivos: - Construir os conceitos de raça, etnia, preconceito e racismo;
 - Produzir materiais de divulgação que apresentem imagens positivas da população negra e mestiça;
- Refletir a respeito do racismo e da valorização da diversidade étnico-cultural;
Ø  Material utilizado: Material xerocado do conto “Negrinha” e seus respectivos exercícios, multimídia para apresentação de PowerPoint, música e vídeo,mural com mensagens contra o Racismo e pacotinhos contendo doces e as mensagens que serão coladas no mural;

Etapas da aula

1.    Elementos motivadores – Quebra gelo:
a.    Os professores bolsistas iniciam a aula com uma música – temática: IMAGINE – PAULO RICARDO;
b.     Com uma caixa contendo pacotinhos com doces os professores bolsistas  passam pelos alunos, pedindo que cada um escolha um pacotinho, que contem uma mensagem e um bis da cor oposta a do pacotinho;
c.    Em um círculo fazer a revelação das mensagens e fixá-las em um moral que tenha um título: “SEM DIFERENÇAS!” em um coração com fundo preto e branco;
d.    Vídeo: “Experimento revela que o Racismo é mais forte ...”.


2.    Leitura descoberta:
a)    Entrega, pelos professores bolsistas, do material xerocado aos alunos contendo o conto  “NEGRINHA”, de Monteiro Lobato, com suas respectivas questões interpretativas e gramaticais e algumas informações sobre o autor do conto;


Negrinha

Monteiro Lobato


Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa:
— Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
— Cale a boca, diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta.
— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo!
Cruzava os bracinhos a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. E o relógio batia uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se então por dentro, feliz um instante.
Puseram-na depois a fazer crochê, e as horas se lhe iam a espichar trancinhas sem fim.
Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa, pata-choca, pinto gorado, mosca-morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa-ruim, lixo — não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam. Tempo houve em que foi a bubônica. A epidemia andava na berra, como a grande novidade, e Negrinha viu-se logo apelidada assim — por sinal que achou linda a palavra. Perceberam-no e suprimiram-na da lista. Estava escrito que não teria um gostinho só na vida — nem esse de personalizar a peste...
O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo. Sua pobre carne exercia para os cascudos, cocres e beliscões a mesma atração que o ímã exerce para o aço. Mãos em cujos nós de dedos comichasse um cocre, era mão que se descarregaria dos fluidos em sua cabeça. De passagem. Coisa de rir e ver a careta...
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! “Qualquer coisinha”: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
— Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...
Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis da crueldade. Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco do paciente. Puxões de orelha: o torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom! gostoso de dar) e o a duas mãos, o sacudido. A gama inteira dos beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, pontapés e safanões a uma — divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para “doer fino” nada melhor!
Era pouco, mas antes isso do que nada. Lá de quando em quando vinha um castigo maior para desobstruir o fígado e matar as saudades do bom tempo. Foi assim com aquela história do ovo quente.
Não sabem! Ora! Uma criada nova furtara do prato de Negrinha — coisa de rir — um pedacinho de carne que ela vinha guardando para o fim. A criança não sofreou a revolta — atirou-lhe um dos nomes com que a mimoseavam todos os dias.
— “Peste?” Espere aí! Você vai ver quem é peste — e foi contar o caso à patroa.
Dona Inácia estava azeda, necessitadíssima de derivativos. Sua cara iluminou-se.
— Eu curo ela! — disse, e desentalando do trono as banhas foi para a cozinha, qual perua choca, a rufar as saias.
— Traga um ovo.
Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água a ferver; e de mãos à cinta, gozando-se na prelibação da tortura, ficou de pé uns minutos, à espera. Seus olhos contentes envolviam a mísera criança que, encolhidinha a um canto, aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou:
— Venha cá!
Negrinha aproximou-se.
— Abra a boca!
Negrinha abriu aboca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:
— Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu, peste?
E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a fim de receber o vigário que chegava.
— Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou criando aquela pobre órfã, filha da Cesária — mas que trabalheira me dá!
— A caridade é a mais bela das virtudes cristas, minha senhora —murmurou o padre.
— Sim, mas cansa...
— Quem dá aos pobres empresta a Deus.
A boa senhora suspirou resignadamente.
— Inda é o que vale...
Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em ninho de plumas.
Do seu canto na sala do trono, Negrinha viu-as irromperem pela casa como dois anjos do céu — alegres, pulando e rindo com a vivacidade de cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediatamente para a senhora, certa de vê-la armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo.
Mas abriu a boca: a sinhá ria-se também... Quê? Pois não era crime brincar? Estaria tudo mudado — e findo o seu inferno — e aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos.
Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a alma. Beliscão no umbigo, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: “Já para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga”?
Com lágrimas dolorosas, menos de dor física que de angústia moral —sofrimento novo que se vinha acrescer aos já conhecidos — a triste criança encorujou-se no cantinho de sempre.
— Quem é, titia? — perguntou uma das meninas, curiosa.
— Quem há de ser? — disse a tia, num suspiro de vítima. — Uma caridade minha. Não me corrijo, vivo criando essas pobres de Deus... Uma órfã. Mas brinquem, filhinhas, a casa é grande, brinquem por aí afora.
— Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! — refletiu com suas lágrimas, no canto, a dolorosa martirzinha, que até ali só brincara em imaginação com o cuco.
Chegaram as malas e logo:
— Meus brinquedos! — reclamaram as duas meninas.
Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos.
Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais... Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... que falava “mamã”... que dormia...
Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial.
— É feita?... — perguntou, extasiada.
E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão,o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la.
As meninas admiraram-se daquilo.
— Nunca viu boneca?
— Boneca? — repetiu Negrinha. — Chama-se Boneca?
Riram-se as fidalgas de tanta ingenuidade.
— Como é boba! — disseram. — E você como se chama?
— Negrinha.
As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca:
— Pegue!
Negrinha olhou para os lados, ressabiada, como coração aos pinotes. Que ventura, santo Deus! Seria possível? Depois pegou a boneca. E muito sem jeito, como quem pega o Senhor menino, sorria para ela e para as meninas, com assustados relanços de olhos para a porta. Fora de si, literalmente... era como se penetrara no céu e os anjos a rodeassem, e um filhinho de anjo lhe tivesse vindo adormecer ao colo. Tamanho foi o seu enlevo que não viu chegar a patroa, já de volta. Dona Inácia entreparou, feroz, e esteve uns instantes assim, apreciando a cena.
Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu duro coração afinal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher. Apiedou-se.
Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda piores. E incoercíveis lágrimas de pavor assomaram-lhe aos olhos.
Falhou tudo isso, porém. O que sobreveio foi a coisa mais inesperada do mundo — estas palavras, as primeiras que ela ouviu, doces, na vida:
— Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja lá, hein?
Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu.
Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada carinha...
Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma — na princesinha e na mendiga. E para ambos é a boneca o supremo enlevo. Dá a natureza dois momentos divinos à vida da mulher: o momento da boneca — preparatório —, e o momento dos filhos — definitivo. Depois disso, está extinta a mulher.
Negrinha, coisa humana, percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si e que desabrochava, afinal, como fulgurante flor de luz. Sentiu-se elevada à altura de ente humano. Cessara de ser coisa — e doravante ser-lhe-ia impossível viver a vida de coisa. Se não era coisa! Se sentia! Se vibrava!
Assim foi — e essa consciência a matou.
Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltou ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada.
Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida.
Negrinha, não obstante, caíra numa tristeza infinita. Mal comia e perdera a expressão de susto que tinha nos olhos. Trazia-os agora nostálgicos, cismarentos.
Aquele dezembro de férias, luminosa rajada de céu trevas adentro do seu doloroso inferno, envenenara-a.
Brincara ao sol, no jardim. Brincara!... Acalentara, dias seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer mamã, a cerrar os olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de alma.
Morreu na esteirinha rota, abandonada de todos, como um gato sem dono. Jamais, entretanto, ninguém morreu com maior beleza. O delírio rodeou-a de bonecas, todas louras, de olhos azuis. E de anjos... E bonecas e anjos remoinhavam-lhe em torno, numa farândola do céu. Sentia-se agarrada por aquelas mãozinhas de louça — abraçada, rodopiada.
Veio a tontura; uma névoa envolveu tudo. E tudo regirou em seguida, confusamente, num disco. Ressoaram vozes apagadas, longe, e pela última vez o cuco lhe apareceu de boca aberta.
Mas, imóvel, sem rufar as asas.
Foi-se apagando. O vermelho da goela desmaiou...
E tudo se esvaiu em trevas.
Depois, vala comum. A terra papou com indiferença aquela carnezinha de terceira — uma miséria, trinta quilos mal pesados...
E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma cômica, na memória das meninas ricas.
— “Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira boneca?”
Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia.
— “Como era boa para um cocre!...”.
 
VAMOS ESTUDAR O TEXTO: NEGRINHA DE MONTEIRO LOBATO?

      1)            Todos nós sabemos que o NOSSO NOME é o que nos identifica. A partir dele somos gente, somos conhecidos, enfim, temos uma identidade. Por que você acha que a menina não tem nome na história? E por que o apelido está no diminutivo?
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      2)            Existem palavras que nós não entendemos e que precisamos compreendê-las! Use o dicionário e boa pesquisa!
ORDEM
PALAVRAS
SIGNIFICADO DENTRO DO TEXTO
SIGNIFICADO GERAL
a)       
Ruços


b)       
Esteira


c)        
Vagiar

Ouvir – ver – notar – perceber
d)       
Desvão


e)       
Enlevo


f)        
Pilão


g)       
Bisca


h)       
Safanão


      3)            Aponte algumas características que o narrador atribui a personagem principal- Negrinha e a patroa – Dona Inácia:
Negrinha
Características
Dona Inácia
Características
Descrição: http://cacheia.com/wp-content/uploads/2014/03/menina-negra-desenho-e1394170807187-398x208.jpg















      4)            A vida da Negrinha na senzala, desde pequena, era uma “prisão”! Associe a personagem ao seu mundo infantil:
A - Faz parte da vida da Negrinha
B – Não faz parte da vida da Negrinha
                                   ·          (  )Não podia chorar, já que Dona Inácia odiava isso!
                                   ·          (  )Tinha os olhos assustados!
                                   ·          (  )Não podia andar no quintal, porque poderia estragar as palavras!
                                   ·          (  )Viveu muito tempo no desvão da porta, muda, de braços cruzados!
                                   ·          (  )Era feliz, mesmo no meio daquele lugar!
      5)            Marque com um “N” de Negrinha, os apelidos, “mimos” que a menina recebia:

Pestinha

Lixo

Sujeira

Diabo

Bisca

Pata-choca

Mosca tonta

Coruja

Trapo

Bruxa

Coisa ruim

Amada

Barata

Linda

Princesa

Coração

Doce

Pinto gorado

Cachorrinha

Bubônica
      6)            Como eram as marcas no corpo da Negrinha?





      7)            Explique a expressão: “Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis (entusiasmos).”
Explicação
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      8)            Encontre no Caça-palavras vocábulos ou expressões que mostram como eram as formas da nossa Negrinha ser punida:
PUNIÇÕES À NEGRINHA
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COCRES
PUXÕES
BELISCÕES
TAPAS
CASCUDOS
PONTAPÉS
SAFANÕES
VARA
MARMELO
GRITOS
URROS
XINGÕES
OFENÇAS
CASTIGO
PUNIÇÃO
PRECONCEITO
RACISMO
DESPREZO
EXCLUSÃO



      9)            Aconteceu algo terrível: A Negrinha guardava um pedaço de carne para comer no final do almoço, quando uma criada nova roubou-lhe e a menininha só usou de uma palavra que sempre lhe chamavam: “Peste!”. A criada foi falar para a patroa. Esta chateada com outras coisas enfureceu-se! Encheu-se de ira! Mandou preparar um ovo, ferver um ovo. Conte-nos o que foi que aconteceu:
                       ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ .

   10)            Leia: “... Estaria tudo mudado – É o fim do seu inferno – É aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos.” Tudo aconteceu quando duas sobrinhas de Dona Inácia vieram passar umas férias. Foi então que a ela sobreveio a pior das dores:
a)(  ) A da desigualdade que chicoteou a sua alma;
b)(  ) Beliscões no umbigo;
c)(  ) O som cruel de todos os dias nos ouvidos!
   11)            Complete corretamente de acordo com o texto. Negrinha não conhecia bonecas! Quando uma criada trouxe uma mala com brinquedos. A nossa personagem achou o máximo. Dona Inácia havia saído da sala onde estavam. Mas não demorou. A cruel mulher voltou e _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________! Essas foram as palavras mais doces que ela ouviu na vida!
   12)            O final da história   é muito triste!  Coloque em ordem de acontecimento o fim da vida da nossa heroína:
a)      (  )O  delírio rodeou-a de bonecas, todas loiras, de olhos azuis.
b)      (  ) Negrinha, não obstante, caíra numa tristeza infinita.
c)       (  ) Morreu na esteirinha tora, abandonada de todos, como um gato sem dono!
d)      (  ) Terminada as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca.
e)      (  ) Dona Inácia, pensativa, já não atazanava tanto.
   13)            Chegou a melhor hora! Vamos escrever? Traga para os dias de hoje. Pense se um de nós fosse a Negrinha ou o negrinho. O que faríamos? Quais seriam as nossas reações? Escreva no espaço abaixo sobre um (a) outro (a) negrinho (a).  entre na história e seja muito criativo!
Título

Início


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  

Desenvolv.


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  


  1.  

Conclusão


  1.  


  1.  


  1.  


3) Atividade de pós-leitura:
            a)Apresentação de um PowerPoint com imagens e informações relacionadas ao racismo, elaborado pelos professores bolsistas;
            b) Orientados pelos professores bolsistas, os alunos relacionam o conteúdo do PowerPoint com o conto estudado;

4) Atividade avaliativa:
            a)Em grupo os alunos devem realizar alguma atividade sobre Racismo para apresentar aos colegas e aos professores bolsistas. Vale a criatividade, pode ser uma música, um poema, um desenho, uma dramatização. Os alunos tem uma aula para planejamento e possíveis ensaios para que, na próxima aula, as apresentações iniciem. Os trabalhos serão expostos na escola.

           

Aluno: ____________________________ Turma: 173  - Colégio Theóphilo Sauer
MONTEIRO LOBATO
Monteiro Lobato, natural de Taubaté (SP), nasceu em 18/04/1882. É uma das figuras excepcionais das letras brasileiras. Jornalista, contista, criador de deliciosas histórias para crianças, suscitador de problemas, ensaísta e homem de ação, encheu com seu nome um largo período da vida nacional. Com a publicação do livro de contos "Urupês", em julho de 1918, quando já contava com 36 anos de idade, chama para o seu talento de escritor a atenção de todo o país. Cita-o Ruy Barbosa, em discurso, encontrando no seu Jeca Tatu um símbolo da realidade rural brasileira. Lança-se à indústria editorial, publica livros e mais livros — "Onda Verde", "Idéias de Jeca Tatu", "Cidades Mortas", "Negrinha", "Fábulas", "O Choque", etc. seus livros.
Era, de fato, um ser plural: escritor precursor do realismo fantástico, escritor de cartas, escritor de obras infantis, ensaísta, crítico de arte e literatura, pintor, jornalista, empresário, fazendeiro, advogado, sociólogo, tradutor, diplomata, etc. Faleceu na cidade de São Paulo (SP), no dia 04 de julho de 1948.

Um comentário:

  1. Gostei bastante do trabalho realizado com o tema "racismo". Adaptarei-o para o 6º ano. Abraço colegas.

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