Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Projeto - Artigo de opinião



Projeto
Gênero do Argumentar
Artigo de Opinião
Professores/ bolsistas: Ana Lúcia Freitas Carvalho e Angela Berton.
Data: 04/10/2016
Turma: 103                 Carga Horária: 8h/s
Professora/ supervisora: Viviana Kunst
Assunto:Artigo de Opinião
Nome do projeto:  Artigo de opinião e jornal mural: elementos motivadores para a produção textual
Série indicada: 2º ano do Ensino Médio
Duração aproximada: 03 aulas (06 períodos)
 Recursos
Textos em xerox, seleção de artigo de opinião, texto produzido pelos alunos.
Objetivos Específicos:
Analisar o meio em que circulam os artigos de opinião, divulgados em jornais impressos e na mídia digital.
Expor as ideias de alguns jornalistas de um determinado jornal,ou seja, na mídia impressa e digital.
Apresentar a estrutura do artigo de opinião, bem como os tipos de argumentos de autoridade, de consenso, de provas concretas e de competência linguística.
Possuir uma linguagem adequada à situação de interlocução, a fim de facilitar o entendimento.
Usaroperadores argumentativos e dêiticos de modo competente na construção de seus argumentos.
Empregar o uso do tempo verbal presente do indicativo que é próprio dos gêneros da ordem do argumentar nas suas produções escritas a partir da observação nos textos estudados.
Etapa 1- Motivação
O professor distribui uma página de jornal para cada aluno.
- Diz que irá propor algumas trocas e que a regra será a de aceitá-las.
Escolher aleatoriamente cinco alunos da sala e fazer as trocas por:  uma folha bem amassada; um pedacinho de jornal rasgado; uma gravura bem bonita do jornal; uma folha cheia de buracos; uma tira de jornal.
Solicitar, em seguida, que construam algo com a folha que possuem em mãos.
 Solicitar aos alunos que expliquem o que construíram e que todos os cinco também apresentem as suas "obras".
Conversar com os alunos sobre a criatividade de se construir algo.

Etapa 2
ATIVIDADE DE PRÉ-LEITURA
1.      Você lê jornais? Se sim, quais?
2.      Qual parte do jornal você costuma ler?
3.      Se você pudesse ser um redator de jornal, o que redigiria?
ATIVIDADE DE LEITURA-DESCOBERTA
As professoras bolsistas deverão entregar aosalunosalguns jornais contendo artigos de opinião, tanto na mídia impressa quanto digital, que serão lidos por eles posterirormente.
Realizar com eles um debate acerca do tema Pokémon Go, jogo que está influenciando o comportamento de muitos adolescentes.
Questões:
1.      Qual o significado da palavra Pokémon Go?
2.      Você já jogou Pokémon Go?
3.      Qual é sua opinião sobre o jogo Pokémon Go?
4.      Você já deixou de fazer alguma coisa para jogar Pokémon Go? Se sim, o quê?
5.      Você sabe quais são as regras deste jogo?
6.      O jogo Pokémon Go o(a) afetou de alguma maneira? Explique
7.      Você concorda que esse jogo Pokémon Go é invasivo?








ETAPA 3
A partir do debate sobre o tema Pokémon Go, solicitar aos alunos que criem os seguintes itens apresentados na tabela abaixo, que segue a estrutura do artigo de opinião.

SITUAÇÃO-PROBLEMA
DISCUSSÃO
SOLUÇÃO-AVALIAÇÃO























Em grupos, haverá um sorteio de um tipo de argumento para criar (de autoridade, de consenso, de provas concretas e/ou de competência linguística).
As professoras explicarão de que se trata cada tipo de argumento, conforme segue abaixo:



Após a criação desses argumentos, os grupos serão misturados novamente, para que cada representante troque argumentos de tipos diferentes com seus colegas, completando o quadro.
Argumento de autoridade
Argumento de consenso
Argumento de provas concretas
Argumento de competência linguística





























Com base na tabela completa, os alunos, individualmente, farão a produção de seus artigos de opinião.











Autoavaliação e avaliação da produção final e reescrita.

Etapa 4
Debate referente aos artigos de opinião produzidos pelos alunos nos temas anteriormente escolhidos.
Elaborar artigos de opinião em sala de aula, a fim de empregar argumentos consistentes para convencer seus leitores para que possam ser publicados, no jornal mural da escola, assim transformando o ambiente escolar.
Produtores do texto: alunos do 2º ano do Ensino Médio
Leitores: público leitor alunos da escola
Objetivo: Publicar os artigos de opiniões no jornal mural, a fim de divulgar o trabalho realizado em sala de aula pelos alunos.


Artigos de opinião:
Pokémon Go uma campanha excepcional

JORGE FONSECA DE ALMEIDA | 27 Julho 2016, 00:01
Nas últimas semanas, temos assistido a uma campanha verdadeiramente avassaladora do lançamento de um jogo, da Nintendo e da Niantic, o Pokémon Go, um jogo de realidade virtual aumentada para telefones inteligentes das plataformas iOS e Android.
Um dos vetores da campanha, em Portugal mas noutros países também, tem sido a utilização inteligente das redes sociais e dos media para criar a sensação de moda, de fenómeno de massas gerando o sentimento em quem ainda não aderiu, mais de 90% da população, de que está a perder algo importante, de que não está a acompanhar o seu tempo, que está a deixar escapar uma experiência que para outros se está a revelar apaixonante e absorvente. Claro que, não se querendo deixar ficar para trás, o potencial cliente corre a obter mais informação e a comprar o jogo.

Interessante é perceber que a maioria dos "posts" não são elogios diretos ao produto, nem listas de benefícios, mas sim mensagens que parecem criticar o exagero com que alguns se apaixonam pelo produto, que caricaturam os jogadores entusiastas como os que atravessam ruas sem olhar só para capturar mais um esquilo.

Estas mensagens surgem aos olhos dos consumidores como independentes e, sendo fáceis de reproduzir de forma criativa por terceiros verdadeiramente independentes, autorreproduzem-se sem custos para o anunciante, que passa a ter criativos e meios gratuitos.

Quantos jornais não escreveram artigos sobre este jogo? Quantas pessoas criaram ou partilharam mensagens nas redes sociais sobre o Pokémon Go? Mesmo pessoas que não conhecem o jogo, que nunca o jogaram, entram neste outro jogo de o ajudar a difundir, de o ajudar a publicitar.

Mensagens independentes são mais facilmente absorvidas acriticamente pelos potenciais clientes que nelas não veem os verdadeiros intuitos comerciais.

O produto começou a ser lançado pela primeira vez este mês de julho em todo o mundo, mas percorrendo os media e as redes sociais, temos a impressão de que já se encontra à venda há muito tempo noutros países, o que não é o caso, e que devemos correr para apanhar um comboio já em movimento. Cria-se, assim, uma urgência na resposta, na compra do produto. É agora, ou fazemos figura de retardatários.

Uma campanha excecionalmente bem concebida e executada que está a ter os frutos desejados pela Nintendo. O Pokémon Go está a verder muito bem em quase todo o mundo.

Economista


Eu não sei o que é um Pokémon

Mas por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa praticamente 18 horas do dia online e conectado a redes sociais. Portanto sei da febre que tomou conta do mundo e finalmente chegou ao Brasil
      Flávio St Jayme

Eu não sei o que é um Pokémon. Pra mim, Pokémon e Digimon são a mesma coisa e os únicos que eu conheço são o Pikachu, o tamagochi e a HelloKitty. Ok, ok. Eu sei que não é tudo a mesma coisa. Que Pokemon e Digimon são tipo Star Wars e Star Trek, Beatles e Rolling Stones, Oreo e Negresco: produtos semelhantes com fãs fervorosos e rivais (com as devidas proporções, é claro). Mas na minha cabeça, Pokémon é uma coisa igual Funko. Sabe aqueles bonequinhos cabeçudos de diversos personagens? Então. É como se fosse aquilo e como se houvesse Pokémon do Pikachu, do Garfield, do Pernalonga e do Batman, por exemplo. Sei que não é assim, mas sei também que muita gente pensa como eu.
Mas por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa praticamente 18 horas do dia online e conectado a redes sociais. Portanto sei da febre que tomou conta do mundo e finalmente chegou ao Brasil chamada Pokémon Go. Um jogo/aplicativo de celular de realidade aumentada onde pela câmera do smartphone você “vê” os tais Pokémons na rua e é capaz de capturá-los. Não, não tem Pokémon da HelloKitty ou do Batman, já investiguei.
De qualquer forma, já vi gente reclamando que ao invés de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis. Assim como reclamam do uso de internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra, não sejamos extremistas
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Mesmo quem mais ataca a Olimpíada no Rio de Janeiro vai ter que admitir, não fosse isso, o game não chegaria tão cedo por aqui. Mas com os eventos prestes a começar e o mundo de olho na cidade maravilhosa, milhares de turistas desembarcarão no Brasil e, já viciados no jogo lá fora, não iriam gostar nada de não poder jogá-lo por aqui.
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O game, que funciona de forma bem simples, pede conexão de internet móvel – coisa em que a gente sabe que não é lá muito eficiente. E tão ansiosos quanto os fãs dos personagens, estavam outros grupos brasileiros pela chegada do app: os Assaltantes Go. Sim, a poucas horas do lançamento do jogo no Brasil já houve relatos de pessoas sendo abordadas por grupos de tocaia esperando um caçador de Pokémons para lhe roupar o smartphone. (Se pelo menos tivesse um Pokémon do Batman...)
Quando os monstrinhos surgiram, em 1996, eu já era um adolescente. Fui descobrir o que era um Pokémon anos depois (acho que ainda não descobri) quando passei a ter sobrinhos ou funcionários mais novos. Entendi, mais ou menos, que se trata de um mundo próprio, com filmes, animações, jogos e, claro, brinquedos. Mas não é coisa de criança, eles insistem. Imagino que na escola tenha acontecido um furor semelhante ao dia seguinte da Páscoa, quando todos levam os brinquedos de dentro dos ovos para mostrar. Desta vez todos mostrarão os Pokémons que já capturaram. Se já era difícil manter a ordem só com Whatsapp, Facebook e Snapchat, imagino o professor agora em sala de aula lutando contra Pokémons (Pokémons lutam?).
De qualquer forma, já vi gente reclamando que ao invés de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis como Lerumlivro Go ou Lavaralouça Go. Assim como reclamam do uso de internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra, não sejamos extremistas. Não sou contra jogos, mas ao mesmo tempo acredito que existe hora pra tudo. Hora, e não idade. Não existe idade para brincar. E quanto ao Pokémon Go? Já baixei e ainda estou tentando entender o que são os bichinhos. Uma hora consigo.
Flávio St Jayme, jornalista e empresário com formação em Pedagogia e História da Arte, é sócio-proprietário da agência Clockwork Comunicação

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