Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

1 ASSUNTO: Nomofobia (Bolsistas Angela e Suzana)

Professoras bolsistas: Angela Berton e Suzana Souza
Escola: E. E. E. M. Felipe Marx
Turma: T 108           Série: 1º ano Ensino Médio
Data e carga horária: 21/8/2017 -- 2 períodos
Supervisora: Lisandra

1 ASSUNTO: Nomofobia

2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·                    Compreender e entremear ideias centrais de reportagens, por meio da leitura individual e de exercícios interpretativos;
·                    Relacionar as ideias expressas no texto com fatos cotidianos, a partir de reflexões e diálogos para que sejam significados os elementos da reportagem;
·                    Procurar no texto elementos que auxiliem na escrita das próprias ideias, por meio da leitura atenta, a fim de que não haja transcrição de excertos como respostas aos exercícios propostos;

3 CONTEÚDOS
·                    Gênero reportagem;
·                    Tecnologia;
·                    Oralidade;
·                    Interpretação textual.

4 RECURSOS
·                    Smarthfones;
·                    Fotocópias;
·                    Materiais escolares cotidianos

5 METODOLOGIA
            Aula dialogada e expositiva com atividades de motivação e interpretação textual.

6 DESENVOLVIMENTO

Motivação:
No início da aula, os alunos serão recepcionados na sua sala e, intencionalmente, as professoras bolsistas apresentarão uma postura distraída, cada uma usando seu smarthfone. Assim permanecerão até que alguém da turma note a atividade irregular com o aparelho por parte das professoras.
            Em seguida, será iniciado um breve debate sobre o motivo de esta atividade ter causado estranhamento (ou não) e sobre a crescente dependência que as pessoas vêm desenvolvendo dos aparelhos em questão.

            Pré-leitura
- Que sensação a utilização distraída dos celulares por parte das professoras vocês sentiram? Por quê?
- Você se considera viciado no celular? Por quê?
- Quanto tempo, em média, você passa utilizando aplicativos do telefone?
- Quais as ferramentas mais utilizadas no aparelho?
- Como é a interação dos seus pais com os aplicativos do smarthfone?


            Leitura-descoberta
            Será entregue a reportagem intitulada “Nomofobia: O vício pelo celular”, publicada no site Psiconlinews para leitura individual.

Pós-leitura
Leia atentamente o texto e, em seguida, responda:
1)    Sobre o que trata o texto?
R. O texto trata de um novo vício em que as pessoas sofrem com o uso excessivo de aparelhos eletrônicos, redes sociais e suas consequências no cotidiano.
2)    Onde e quando ele foi publicado?
R. O texto foi publicado no site Psiconlinews em 04 de julho de 2015.
3)    Quem é o(a) autor(a)?
R. A autora da reportagem é Soraya Rodrigues de Aragão.
4)    Conceitue “Nomofobia”.
R. Nomofobia é o termo utilizado para designar o pavor de ficar sem aparelhos eletrônicos e redes sociais.
5)    Quais são os sintomas de uma pessoa nomofóbica?
R. Não desconectar de redes sociais, ter impressão de ouvir o celular tocando mesmo no silencioso ou estando desligado, preferência por relacionamentos virtuais em vez de construir relações reais, pânico de ficar sem bateria no smarthfone, etc.
6)    São apontadas várias sugestões para atenuar o problema da Nomofobia, cite e explique duas delas.
R. Tentar estabelecer relações reais, a prática de esportes, buscar companhias de amigos e estar presente como familiar na vida dos adolescentes e crianças.
7)    Pode-se afirmar que o texto lido pertence ao gênero textual reportagem. Quais características evidenciam tal afirmação?
R. O texto pertence ao gênero reportagem, pois trata de um tema atual, de relevância social, apresenta dados pesquisados e conceitos específicos.
       8) Você já saiu de casa para passar o dia fora e esqueceu o celular? O que você sentiu? Comente.
       R. Resposta pessoal.


ANEXOS

Nomofobia: O vício pelo celular
A nossa sociedade está sempre em constantes transformações tecnológicas, às quais é imperativo nos adaptarmos de maneira positiva a estas continuas mudanças. Quando esta adaptação acontece de maneira precária, inadequada ou ineficiente, surgem nos indivíduos diversos problemas de ordem física, emocional, comportamental e psicossocial. Com a internet não é diferente. A internet facilita muito a nossa vida diária. Podemos fazer muitas coisas através desta ferramenta fantástica: interagir com novas pessoas, realizar pagamentos online, trabalhar, estudar e encontrar inúmeras possibilidades e oportunidades que antes sequer vislumbrávamos. Mas como tudo na vida apresenta os dois lados da moeda, dependendo do uso que fazemos de tudo, o advento da internet também trouxe consigo uma gama de desafios e consequências que a revolução tecnológica implementou, inclusive enfermidades para as pessoas que não a usam de uma maneira consciente.
Isto acontece quando as pessoas não sabem fazer uma boa administração do tempo de uso dos dispositivos eletrônicos, se deixando envolver além da conta, sem estabelecer limites, bem como deixam de viver as possibilidades de uma vida real para mergulhar em uma ilusão ou irrealidade. Sendo assim, sentem-se mais motivadas em viver em outro mundo, o virtual. Temos o poder de escolher em utilizar a tecnologia a nosso favor, nos beneficiando de todas as facilidades que ela oferece, ou nos tornarmos escravos dela, vivendo em uma solidão coletiva e desconectada da vida real, o que é alienante.
Gostaria de ressaltar acerca dos smartphones. Hoje, a função de um celular vai muito além do receber e realizar chamadas. Podemos fazer uso, abuso ou desenvolver uma dependência do aparelho móvel. Neste ultimo caso, o da dependência, tenho a impressão de que para algumas pessoas o celular passou a ser uma verdadeira extensão do próprio corpo.
Quando o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se torna um vício ou uma dependência, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares, prejudicando o foco nas atividades laborais e trazendo consequente prejuízo acadêmico ou laborativo, já temos elementos suficientes para classificar um transtorno e que tem nome: Nomofobia.

Caso você esteja apresentando os seguintes comportamentos:

1- constantemente controlando seus e-mails;
2- Não sai das redes sociais e deixa até de se alimentar para permanecer no chat;
3- Escuta o telefone tocar ou vibrar mesmo estando desligado (sintoma fantasma);
4-Tem tendência a supervalorizar relacionamentos superficiais nas redes sociais em detrimento dos relacionamentos reais;
5- Não consegue ficar sem o celular, mesmo em ambientes inapropriados, tais como restaurantes e reuniões, levando o aparelho até mesmo quando vai ao banheiro;
Cuidado; esteja atento! Você pode ser um nomofóbico.

O que é Nomofobia?

A nomofobia é uma compulsão caracterizada pelo medo irracional de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual. Na abstinência do celular ou tablet (internet), os sintomas são muito semelhantes aos da síndrome de abstinência de drogas como álcool e cigarro. Vale a pena ressaltar que a nomofobia está geralmente relacionada com morbidades secundárias de outros transtornos, principalmente os transtornos de ansiedade, tais como fobia social, síndrome do pânico e transtorno obsessivo compulsivo.

Quais são os sintomas de um nomofóbico?

Os principais sintomas da abstinência do celular são: angústia, vazio existencial (a vida parece não ter mais sentido), desespero, estresse, irritabilidade, náuseas, taquicardia, sudorese, tensão muscular, pânico, dentre outras manifestações.

Dopamina e internet:

Não podemos falar de dependência ou vício sem compreendermos como isto acontece nos bastidores do nosso querido cérebro. Por este motivo é que devemos falar da dopamina, a molécula do prazer, pois ela está diretamente relacionada com o nosso circuito de recompensa. A dependência do smartphone é como um vício qualquer, apresentando, portanto, potencial aditivo e tendo como pressuposto a exclusividade, a tolerância e a abstinência, tendo igualmente a participação da dopamina em seus processos bioquímicos.
Além disso, o uso exagerado do aparelho pode causar inúmeros problemas de saúde física como: problemas de coluna, torcicolo, tendinites, insônia, estresse, ressecamento da retina, perdas auditivas, dentre outros.
Problemas de ordem emocional e psicossocial não ficam de fora, pois nossas crianças e adolescentes constantemente conectadas no mundo virtual, sofrem perda na capacidade de interação interpessoal, pois estes não desgrudam do celular para poder ficar mais tempo nos jogos e nos chats, esquecendo de interagir com pessoas reais e de realizar atividades cotidianas normais. Em alguns países, o uso excessivo do celular já é um problema de saúde pública.
O grande X da questão é que todos os dispositivos que os smartphones e tablets oferecem é o de proporcionar prazer e recompensa. Por meio desta lógica, se algo nos proporciona prazer (ou dopamina no cérebro) a estratégia ou recurso mais eficaz, é substituir o prazer ocasionado pelo uso do celular, por outros reforçadores que podemos encontrar no nosso ambiente: Um amor real, atividades esportivas e interativas, a companhia de amigos em uma festa, tentar resgatar hábitos positivos e mantenedores de relacionamentos reais com amigos e principalmente com a família, e assim resgatar o afeto, o carinho, o toque e o “olho no olho”. Em outras palavras, presentificar as nossas vivências reais.
A questão do uso patológico de chats e redes sociais é que projetamos nossas pendencias e carências emocionais como um meio de contrabalancear o que não conseguimos ter, ser ou resolver na “vida real”. Encarar a realidade tal como se apresenta e procurar estratégias eficazes de inserção social, reconhecimento e resolução de problemas existenciais, é o primeiro passo para vivermos uma vida sem artifícios e máscaras. É necessário ter autoaceitação da nossa identidade para que tenhamos uma melhor qualidade de vida.
A participação da família é de extrema importância no tocante à educação dos filhos, bem como no estabelecer limites quanto à utilização de jogos na internet. As crianças de hoje estão muito mais atentas, aprendendo com muita facilidade a utilizar todos os recursos disponíveis. Exatamente por este motivo, a família deve dobrar a atenção, pois as crianças são mais vulneráveis e estão em uma situação de maior risco, principalmente com relação ao vício em jogos e postagens de fotos na mídia.

4 de julho de 2015 /Fobias /By Soraya Rodrigues de Aragão /

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