PLANO DE AULA Nº 02
Escola:
Colégio
Estadual João Mosmann
Professores/
bolsistas: Ana Lúcia F. Carvalho, Dieila dos Santos e
Lilian K. Amaral.
Data:
22/04/15 Carga horária: 2 horas/aula
Turma:
201 Professora/
supervisora: Viviana Kunst
Assunto: Leitura de texto, debate oral e produção textual.
Conteúdo: Debate
oral da crônica “Dos ficantes aos
namoridos”, de Martha Medeiros.
Objetivos:
ü Apresentar
slides com todas as etapas da nossa vida, com o tema “Ficar ou namorar?”, por
meio do Data Show, a fim de que os
motive ao falar do assunto.
ü Escutar da música Amor Pra Recomeçar
< https://www.youtube.com/watch?v=uVbq3fjXKew&list=RDuVbq3fjXKew>, retirado do Youtube, dirigido por
Camila Angelina Paulina da Silva, de
maneira que se sintam bem e à vontade para expor as suas ideias e opiniões.
ü Ler o texto “Dos
ficantes aos namoridos”, de Martha Medeiros, silenciosamente e depois em
conjunto, no Data Show, para que incentive à leitura literária.
ü Dialogar e debater sobre a crônica e o assunto em
questão, tendo como elementos chaves algumas questões norteadoras, apresentadas
no Data Show¸ com o intuito de
despertar a criticidade.
ü Produzir um cartaz em duplas, utilizando folha de
ofício e canetas coloridas, com as suas principais ideias sobre o ato de ficar,
namorar e casar/juntar, a fim de que se sintam com liberdade de escrever e/ou
desenhar o que pensam.
Metodologia:
Atividade
nº1:
As professoras apresentarão, no Data Show, alguns slides mostrando todas as
etapas de nossas vidas, e, no final, falando sobre o ato de ficar, namorar,
casar/juntar, e, ao mesmo tempo, dialogando com os alunos.
Atividades
nº 2: Após o diálogo com os alunos, as professoras
colocarão, no Data Show, a música Amor
Pra Recomeçar, para escutar e assistir as imagens do vídeo, no site
youtube.com.
Atividade
3: A
turma lerá o texto “Dos ficantes aos
namoridos”, de Martha Medeiros, primeiro, silenciosamente, depois, em
conjunto, por meio do Data Show.
Dos ficantes aos
namoridos –
Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que definem o que é um relacionamento moderno.
Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscrito no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, quando então ele será seu ficante por bem menos tempo — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece, não acho natural coisa nenhuma. Considero um desperdício de energia.
Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está falando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegueeuse, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos.
Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.
No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namoridos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se de um homem híbrido, transgênico.
Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se os trapos e parte-se para um casamento informal, sem papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem planos de uma velhice compartilhada — namoridos não foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reumatismo e pressão alta, era só o que faltava.
Pois então. A idéia é boa e prática. Só que o índice de príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a melhor que há.
Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quando cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a importância de uma celebração.
Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor.
Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza.
Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante".
Atividade
4:
As professoras iniciarão um debate sobre o assunto em questão, apresentando
algumas imagens e questões norteadoras, e também, comparando o posicionamento
da autora e dos alunos.
Atividade
5:
Para finalizar a aula, os alunos se organizarão, em duplas, para produzirem um
cartaz, utilizando folha de ofício e canetas coloridas, e escreverão sob forma
de frases, poema, desenho, charge, entre outros, o seu posicionamento a cerca
das relações debatidas no decorrer da aula.
Recursos:
-
Sala de PDE;
-
lápis, borracha e caneta;
- folha de ofício;
- canetas coloridas.
Avaliação:
Será
satisfatório se os alunos participarem ativamente da leitura do texto, do
debate oral e da produção textual. Cada
aluno será avaliado individualmente, através do empenho e dinamismo na
discussão oral.
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