Projeto
Gênero do Argumentar
Artigo de Opinião
Professores/
bolsistas: Ana Lúcia
Freitas Carvalho e Angela Berton.
Data: 04/10/2016
Turma: 103 Carga Horária: 8h/s
Professora/
supervisora: Viviana
Kunst
Assunto:Artigo de Opinião
Nome do projeto:
Artigo de opinião e jornal mural: elementos motivadores para a produção
textual
Série indicada: 2º ano do Ensino Médio
Duração aproximada: 03 aulas (06 períodos)
Recursos
Textos em xerox, seleção de artigo de opinião, texto
produzido pelos alunos.
Objetivos
Específicos:
Analisar o meio em que circulam os artigos de opinião,
divulgados em jornais impressos e na mídia digital.
Expor as ideias de alguns jornalistas de um
determinado jornal,ou seja, na mídia impressa e digital.
Apresentar a estrutura do artigo de opinião, bem como
os tipos de argumentos de autoridade, de consenso, de provas concretas e de
competência linguística.
Possuir uma linguagem adequada à situação de
interlocução, a fim de facilitar o entendimento.
Usaroperadores argumentativos e dêiticos de modo
competente na construção de seus argumentos.
Empregar o uso do tempo verbal presente do indicativo
que é próprio dos gêneros da ordem do argumentar nas suas produções escritas a
partir da observação nos textos estudados.
Etapa 1-
Motivação
O professor distribui uma página de jornal para cada
aluno.
- Diz que irá propor algumas trocas e que a regra será
a de aceitá-las.
Escolher aleatoriamente cinco alunos da sala e fazer
as trocas por: uma folha bem amassada;
um pedacinho de jornal rasgado; uma gravura bem bonita do jornal; uma folha
cheia de buracos; uma tira de jornal.
Solicitar, em seguida, que construam algo com a folha
que possuem em mãos.
Solicitar aos
alunos que expliquem o que construíram e que todos os cinco também apresentem
as suas "obras".
Conversar com os alunos sobre a criatividade de se
construir algo.
Etapa 2
ATIVIDADE DE PRÉ-LEITURA
1. Você lê jornais? Se sim, quais?
2. Qual parte do jornal você costuma ler?
3. Se você pudesse ser um redator de jornal, o que
redigiria?
ATIVIDADE DE LEITURA-DESCOBERTA
As professoras bolsistas deverão entregar
aosalunosalguns jornais contendo artigos de opinião, tanto na mídia impressa
quanto digital, que serão lidos por eles posterirormente.
Realizar com eles um debate acerca do tema Pokémon Go, jogo que está influenciando o comportamento de muitos
adolescentes.
Questões:
1. Qual o significado da palavra Pokémon Go?
2. Você já jogou Pokémon Go?
3. Qual é sua opinião sobre o jogo Pokémon Go?
4. Você já deixou de fazer alguma coisa para jogar
Pokémon Go? Se sim, o quê?
5. Você sabe quais são as regras deste jogo?
6. O jogo Pokémon Go o(a) afetou de alguma maneira?
Explique
7. Você concorda que esse jogo Pokémon Go é invasivo?
ETAPA 3
A partir do debate sobre o tema Pokémon Go, solicitar
aos alunos que criem os seguintes itens apresentados na tabela abaixo, que
segue a estrutura do artigo de opinião.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
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DISCUSSÃO
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SOLUÇÃO-AVALIAÇÃO
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Em grupos, haverá um sorteio de um tipo de argumento
para criar (de autoridade, de consenso, de provas concretas e/ou de competência
linguística).
As professoras explicarão de que se trata cada tipo de
argumento, conforme segue abaixo:
Após a criação desses argumentos, os grupos serão
misturados novamente, para que cada representante troque argumentos de tipos
diferentes com seus colegas, completando o quadro.
Argumento de
autoridade
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Argumento de
consenso
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Argumento de
provas concretas
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Argumento de
competência linguística
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Com base na tabela completa, os alunos,
individualmente, farão a produção de seus artigos de opinião.
Etapa 4
Debate referente aos artigos de opinião produzidos
pelos alunos nos temas anteriormente escolhidos.
Elaborar artigos de opinião em sala de aula, a fim de
empregar argumentos consistentes para convencer seus leitores para que possam
ser publicados, no jornal mural da escola, assim transformando o ambiente
escolar.
Produtores do texto: alunos do 2º ano do Ensino Médio
Leitores: público leitor alunos da escola
Objetivo: Publicar os artigos de opiniões no jornal
mural, a fim de divulgar o trabalho realizado em sala de aula pelos alunos.
Artigos de opinião:
Pokémon Go
uma campanha excepcional
JORGE FONSECA DE ALMEIDA | 27
Julho 2016, 00:01
Nas últimas
semanas, temos assistido a uma campanha verdadeiramente avassaladora do
lançamento de um jogo, da Nintendo e da Niantic, o Pokémon Go, um jogo de
realidade virtual aumentada para telefones inteligentes das plataformas iOS e
Android.
Um dos vetores
da campanha, em Portugal mas noutros países também, tem sido a utilização
inteligente das redes sociais e dos media para criar a sensação de moda, de
fenómeno de massas gerando o sentimento em quem ainda não aderiu, mais de 90%
da população, de que está a perder algo importante, de que não está a
acompanhar o seu tempo, que está a deixar escapar uma experiência que para outros
se está a revelar apaixonante e absorvente. Claro que, não se querendo deixar
ficar para trás, o potencial cliente corre a obter mais informação e a comprar
o jogo.
Interessante é
perceber que a maioria dos "posts" não são elogios diretos ao produto,
nem listas de benefícios, mas sim mensagens que parecem criticar o exagero com
que alguns se apaixonam pelo produto, que caricaturam os jogadores entusiastas
como os que atravessam ruas sem olhar só para capturar mais um esquilo.
Estas
mensagens surgem aos olhos dos consumidores como independentes e, sendo fáceis
de reproduzir de forma criativa por terceiros verdadeiramente independentes,
autorreproduzem-se sem custos para o anunciante, que passa a ter criativos e
meios gratuitos.
Quantos
jornais não escreveram artigos sobre este jogo? Quantas pessoas criaram ou
partilharam mensagens nas redes sociais sobre o Pokémon Go? Mesmo pessoas que
não conhecem o jogo, que nunca o jogaram, entram neste outro jogo de o ajudar a
difundir, de o ajudar a publicitar.
Mensagens
independentes são mais facilmente absorvidas acriticamente pelos potenciais
clientes que nelas não veem os verdadeiros intuitos comerciais.
O produto
começou a ser lançado pela primeira vez este mês de julho em todo o mundo, mas
percorrendo os media e as redes sociais, temos a impressão de que já se
encontra à venda há muito tempo noutros países, o que não é o caso, e que
devemos correr para apanhar um comboio já em movimento. Cria-se, assim, uma
urgência na resposta, na compra do produto. É agora, ou fazemos figura de
retardatários.
Uma campanha
excecionalmente bem concebida e executada que está a ter os frutos desejados
pela Nintendo. O Pokémon Go está a verder muito bem em quase todo o mundo.
Economista
Eu não sei
o que é um Pokémon
Mas por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa
praticamente 18 horas do dia online e conectado a redes sociais. Portanto sei
da febre que tomou conta do mundo e finalmente chegou ao Brasil
● Flávio St Jayme
●
Eu não sei o que é um Pokémon. Pra mim, Pokémon e
Digimon são a mesma coisa e os únicos que eu conheço são o Pikachu, o tamagochi
e a HelloKitty. Ok, ok. Eu sei que não é tudo a mesma coisa. Que Pokemon e
Digimon são tipo Star Wars e Star Trek, Beatles e Rolling Stones, Oreo e
Negresco: produtos semelhantes com fãs fervorosos e rivais (com as devidas
proporções, é claro). Mas na minha cabeça, Pokémon é uma coisa igual Funko.
Sabe aqueles bonequinhos cabeçudos de diversos personagens? Então. É como se
fosse aquilo e como se houvesse Pokémon do Pikachu, do Garfield, do Pernalonga
e do Batman, por exemplo. Sei que não é assim, mas sei também que muita gente
pensa como eu.
Mas
por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa praticamente 18 horas do dia
online e conectado a redes sociais. Portanto sei da febre que tomou conta do
mundo e finalmente chegou ao Brasil chamada Pokémon Go. Um jogo/aplicativo de
celular de realidade aumentada onde pela câmera do smartphone você “vê” os tais
Pokémons na rua e é capaz de capturá-los. Não, não tem Pokémon da HelloKitty ou
do Batman, já investiguei.
De qualquer forma, já vi gente reclamando que ao invés
de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis. Assim como reclamam do uso de
internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra, não sejamos
extremistas
veja também
Mesmo quem mais ataca a Olimpíada no Rio de Janeiro
vai ter que admitir, não fosse isso, o game não chegaria tão cedo por aqui. Mas
com os eventos prestes a começar e o mundo de olho na cidade maravilhosa,
milhares de turistas desembarcarão no Brasil e, já viciados no jogo lá fora,
não iriam gostar nada de não poder jogá-lo por aqui.
Publicidade
O game, que funciona de forma bem simples, pede
conexão de internet móvel – coisa em que a gente sabe que não é lá muito
eficiente. E tão ansiosos quanto os fãs dos personagens, estavam outros grupos
brasileiros pela chegada do app: os Assaltantes Go. Sim, a poucas horas do
lançamento do jogo no Brasil já houve relatos de pessoas sendo abordadas por
grupos de tocaia esperando um caçador de Pokémons para lhe roupar o smartphone.
(Se pelo menos tivesse um Pokémon do Batman...)
Quando
os monstrinhos surgiram, em 1996, eu já era um adolescente. Fui descobrir o que
era um Pokémon anos depois (acho que ainda não descobri) quando passei a ter
sobrinhos ou funcionários mais novos. Entendi, mais ou menos, que se trata de
um mundo próprio, com filmes, animações, jogos e, claro, brinquedos. Mas não é
coisa de criança, eles insistem. Imagino que na escola tenha acontecido um
furor semelhante ao dia seguinte da Páscoa, quando todos levam os brinquedos de
dentro dos ovos para mostrar. Desta vez todos mostrarão os Pokémons que já
capturaram. Se já era difícil manter a ordem só com Whatsapp, Facebook e
Snapchat, imagino o professor agora em sala de aula lutando contra Pokémons
(Pokémons lutam?).
De qualquer forma, já vi
gente reclamando que ao invés de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis
como Lerumlivro Go ou Lavaralouça Go. Assim como
reclamam do uso de internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra,
não sejamos extremistas. Não sou contra jogos, mas ao mesmo tempo acredito que
existe hora pra tudo. Hora, e não idade. Não existe idade para brincar. E
quanto ao Pokémon Go? Já baixei e ainda estou tentando entender o que são os
bichinhos. Uma hora consigo.
Flávio St Jayme, jornalista e empresário com formação em Pedagogia e
História da Arte, é sócio-proprietário da agência Clockwork Comunicação
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