Escola
Estadual de Ensino Médio Felipe Marx
Nomes:
Anderson B. Araújo e Carla Vanusa
Turma:
T7A
Supervisora:
Lisandra
PLANO DE AULA
OBJETIVOS GERAIS
- Reconhecer características específicas das
cantigas trovadorescas por meio de atividades dirigidas a fim de desenvolver a
criatividade, a escrita e a expressão de ideias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-
Compreender a estrutura do gênero textual das cantigas trovadorescas a fim de
reconhecer características específicas do gênero como versos, rimas e estrofes;
-
Produzir uma cantiga própria.
METODOLOGIA
Explicar
de forma breve a estrutura das cantigas trovadorescas, e em seguida, por meio
de um roteiro pré-estabelecido que deverá conter a quantidade de versos e
estrofes, solicitar a produção de uma cantiga própria.
CRONOGRAMA
Uma
aula de 35 min.
RECURSOS
Material
com a estrutura das cantigas e o roteiro para produção textual.
Caraterísticas das cantigas:
Cantigas
de amor:
- Eu lírico masculino.
- Amor platônico.
- Vassalagem amorosa: dama inatingível, casada ou de
classe superior à do eu lírico.
- Coita amorosa: intenso sofrimento amoroso.
- Linguagem elaborada.
-Nem sempre com refrão.
Cantigas
de amigo:
- Eu lírico feminino.
- Diálogo: moça fala com outras pessoas ou com
elementos da natureza.
- Simplicidade nas palavras.
- Vocabulário repetitivo e restrito.
- Presença de refrão.
- Busca pelo “amigo” que está longe.
Cantigas
de escárnio:
- Crítica indireta e com duplos sentidos.
- Uso de jogos semânticos.
Transforma-se o
amador na cousa amada
Luís de Camões
Transforma-se
o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho logo mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
por virtude do muito imaginar;
não tenho logo mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Se
nela está minha alma transformada,
que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.
que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.
Mas
esta linda e pura semidéia,
que, como o acidente em seu sujeito,
assim co’a alma minha se conforma,
que, como o acidente em seu sujeito,
assim co’a alma minha se conforma,
está
no pensamento como idéia;
[e] o vivo e puro amor de que sou feito,
como matéria simples busca a forma.
[e] o vivo e puro amor de que sou feito,
como matéria simples busca a forma.
Ai Flores do Verde Pino
__ Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
__ Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do qui mi á jurado!
Ai Deus, e u é?
__ Vós me perguntardes polo voss'amigo,
e eu bem vos digo que é san'vivo.
Ai Deus, e u é?
Vós me perguntardes polo voss'amado,
e eu bem vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é san'vivo
e seera vosc'ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é viv' e sano
e seera vosc'ant'o prazo passado
Ai Deus, e u é? D. Dinis, in 'Antologia Poética'
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
__ Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do qui mi á jurado!
Ai Deus, e u é?
__ Vós me perguntardes polo voss'amigo,
e eu bem vos digo que é san'vivo.
Ai Deus, e u é?
Vós me perguntardes polo voss'amado,
e eu bem vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é san'vivo
e seera vosc'ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é viv' e sano
e seera vosc'ant'o prazo passado
Ai Deus, e u é? D. Dinis, in 'Antologia Poética'
Nenhum comentário:
Postar um comentário