Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Abordagem - Robinson Crusoé

Professores/ bolsistas: Ana Claudia Nascimento, Ana Lúcia Freitas Carvalho e Ângela

Berton.

Data: 16/08/2016

Turma: 103 Carga Horária:

Professora/ supervisora: Viviana Kunst

Assunto:

Objetivo:

 Ler o romance Robinson Crusoé, a fim de despertar nos alunos o interesse por

aventuras do personagem, por meio de uma leitura silenciosa.

 Interpretar o romance Robinson Crusoé, a fim de responder questões que

instiguem os alunos pelo texto, para que tenham condições de produzirem seus

argumentos no ato da produção textual.

 Produzir um texto argumentativo, a fim de que aos alunos possam expor suas

ideias frente ao texto lido anteriormente, pPor meio de confirmar a melhora da

escrita em sua produção textual.

Metodologia:

- Motivação

Leitura do romance;

Interpretação textual;

Produção de texto argumentativo

Recursos:

- Quadro giz

Livros Robinson Crusoé

Avaliação:

A avaliação somente será satisfatória caso todos os alunos participem colaborando nas

atividades propostas pelas professoras/ bolsistas. Cada aluno será avaliado

individualmente, através das questões de interpretação e da produção textual.

Atividades propostas:

Atividade 1-

Os professores/ bolsistas apresentaram como atividade de motivação, aos alunos um

vídeo do programa A prova de Tudo com BearGrylls. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=nckCnEtLmyk.

Atividade 2-

Os alunos farão a leitura silenciosa do romance Robinson Crusoé.

Atividade 3-

Questões de Interpretação Textual: capítulos 7, 8, 9, 10, 11 e 12.

1. Qual é o assunto tratado no texto A Fuga ?

2. Qual é a função do1º parágrafo em relação ao restante do texto?

3. Explique por que a palavra “disparos” foi usada em negrito na passagem do

texto?

4. Em síntese, se você fosse o personagem, como deveria ser uma fuga? O que

você levaria em uma fuga?

5. Em que momento surge a oportunidade para a fuga de Robinson Crusoé?

6. Quando Robinson Crusoé resolveu estabelecer em terra firme? Quais foram

as situações que teve de enfrentar?

7. Qual ilha foi avistada por Robinson Crusoé, na viagem pela Costa? O que

acontece com ele após seu desembarque?

8. Robinson Crusoé ao torna-se fazendeiro no Brasil, resolveu cultivar em suas

terras quais plantas?

9. Em que passagem do texto ocorre o momento culminante da história? Por

que Robinson abandona suas terras?

10. Em qual trecho do texto encontramos a voz do narrador quando esse se

dirige diretamente ao leitor? Explique

11. Quais foram os motivos que o personagem apresentou para abandonar pai e mãe?

12. Quais eventos marcantes atrapalharam os planos e roteiro da viagem do de

Crusoé?

13. Robinson chegou à ilha e percebeu que está desarmado e a noite caía

rapidamente. O que ele fez para proteger-se?

14. O que Robinson fez para trazer o que encontrou no barco encalhado até a

terra firme? Que utensílios ele achou?

15. Oque Robinson Crusoé percebeu ao se aproximar do Barco?

16. Qual foi o problema que Crusoé encontrou?

17. Qual alternativa o personagem adotou como resolução do problema? Como

você resolveria a situação se estivesse no lugar de Robinson Crusoé?

Atividade 4-

Os professores bolsistas convidaram seus alunos para irem na sala de vídeo, a fim de

passar um vídeo sobre o filme Náufrago. E também foi passado o vídeo do Trailer do

filme Robinson Crusoé. Disponível no site do You Tube.

https://www.youtube.com/watch?v=Bm8KcLRIGg8

https://www.youtube.com/watch?v=fliTXWp9ho4

Os alunos deverão realizar uma produção de um texto argumentativo, fazendo um

comparativo com o filme Náufrago, tendo como base as questões já respondidas por

eles em um momento anterior. Deverão apresentar uma reflexão sobre a solidão e a

necessidade que as pessoas têm de se relacionar com alguém.

O conto dos três irmãos - abordagem

Professores/ bolsistas: Ana Lucia Freitas Carvalho, Angela Berton
Data: 25/04/2016                   Carga horária: 2 horas/aula
Turma: 103                           Professora/ supervisora: Viviana Kunst

Assunto: Contos de mistério e terror
Objetivo:
ü       Assistir ao vídeo “O conto dos três irmãos”, com o intuito de motivá-los a leitura do conto;
ü      ler o conto “O conto dos três irmãos”, a fim de despertar nos alunos o imaginário, por meio de uma leitura silenciosa.
ü      produzir uma reescrita para o conto lido, em que o aluno e mais dois amigos seus estariam na mesma situação dos três irmãos do conto, a fim de que sejam apresentadas as competências na escrita. 

Metodologia:
- Motivação através do vídeo, extraído do filme “Harry Potter e as relíquias da morte”;
- leitura do conto;
- produção textual

Recursos:
- Sala de vídeo ou PDE;
- cópia do texto “O conto dos três irmãos”;
- cópia da folha de redação;
- lápis, borracha e caneta.




Avaliação:
A avaliação se dará através da participação, colaboração e envolvimento da turma nas atividades propostas. Cada aluno será avaliado individualmente, através das questões de interpretação e da produção textual.

Atividades propostas:
Atividade de 1:
Os professores/ bolsistas irão apresentar, como atividade de motivação, aos alunos o vídeo “O conto dos três irmãos” extraído do filme “Harry Potter e as relíquias da morte”.

Atividades de 2:
Os alunos farão a leitura silenciosa do conto “O Conto dos três irmãos”.
O conto dos três irmãos
Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa, ao crepúsculo, a certa altura os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes mágicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras. Iam a meio desta, quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada, a Morte, que lhes falou. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta, fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganhado um prêmio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.
Assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencesse a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho. Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos, depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, o que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade. Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem em seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.
A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha dada pela Morte como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou em alto e bom som, da poderosa varinha que arrancou da própria Morte, e que o tornava invencível. Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.Assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.
Entretanto, o segundo irmão viajou para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele. No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim, o segundo irmão louco de saudades não correspondidas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela. E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.
Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontrá-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o manto de invisibilidade e deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida.





Atividade 3:
Cada aluno irá escrever uma reescrita para o conto lido, em que o aluno e mais dois amigos seus estariam na mesma situação dos três irmãos do conto.  Qual seriam os desejos que você e seus amigos fariam a morte?
Além disso, os alunos precisarão finalizar seus textos de acordo com os desejos solicitados a morte.
A produção textual deverá ter no mínimo 10 linhas.

Professores/ bolsistas: Ana Lucia Freitas Carvalho, Angela Berton
Data: 25/04/2016                   Carga horária: 2 horas/aula
Turma: 203                           Professora/ supervisora: Lisandra Kohlrausch

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Projeto - Artigo de opinião



Projeto
Gênero do Argumentar
Artigo de Opinião
Professores/ bolsistas: Ana Lúcia Freitas Carvalho e Angela Berton.
Data: 04/10/2016
Turma: 103                 Carga Horária: 8h/s
Professora/ supervisora: Viviana Kunst
Assunto:Artigo de Opinião
Nome do projeto:  Artigo de opinião e jornal mural: elementos motivadores para a produção textual
Série indicada: 2º ano do Ensino Médio
Duração aproximada: 03 aulas (06 períodos)
 Recursos
Textos em xerox, seleção de artigo de opinião, texto produzido pelos alunos.
Objetivos Específicos:
Analisar o meio em que circulam os artigos de opinião, divulgados em jornais impressos e na mídia digital.
Expor as ideias de alguns jornalistas de um determinado jornal,ou seja, na mídia impressa e digital.
Apresentar a estrutura do artigo de opinião, bem como os tipos de argumentos de autoridade, de consenso, de provas concretas e de competência linguística.
Possuir uma linguagem adequada à situação de interlocução, a fim de facilitar o entendimento.
Usaroperadores argumentativos e dêiticos de modo competente na construção de seus argumentos.
Empregar o uso do tempo verbal presente do indicativo que é próprio dos gêneros da ordem do argumentar nas suas produções escritas a partir da observação nos textos estudados.
Etapa 1- Motivação
O professor distribui uma página de jornal para cada aluno.
- Diz que irá propor algumas trocas e que a regra será a de aceitá-las.
Escolher aleatoriamente cinco alunos da sala e fazer as trocas por:  uma folha bem amassada; um pedacinho de jornal rasgado; uma gravura bem bonita do jornal; uma folha cheia de buracos; uma tira de jornal.
Solicitar, em seguida, que construam algo com a folha que possuem em mãos.
 Solicitar aos alunos que expliquem o que construíram e que todos os cinco também apresentem as suas "obras".
Conversar com os alunos sobre a criatividade de se construir algo.

Etapa 2
ATIVIDADE DE PRÉ-LEITURA
1.      Você lê jornais? Se sim, quais?
2.      Qual parte do jornal você costuma ler?
3.      Se você pudesse ser um redator de jornal, o que redigiria?
ATIVIDADE DE LEITURA-DESCOBERTA
As professoras bolsistas deverão entregar aosalunosalguns jornais contendo artigos de opinião, tanto na mídia impressa quanto digital, que serão lidos por eles posterirormente.
Realizar com eles um debate acerca do tema Pokémon Go, jogo que está influenciando o comportamento de muitos adolescentes.
Questões:
1.      Qual o significado da palavra Pokémon Go?
2.      Você já jogou Pokémon Go?
3.      Qual é sua opinião sobre o jogo Pokémon Go?
4.      Você já deixou de fazer alguma coisa para jogar Pokémon Go? Se sim, o quê?
5.      Você sabe quais são as regras deste jogo?
6.      O jogo Pokémon Go o(a) afetou de alguma maneira? Explique
7.      Você concorda que esse jogo Pokémon Go é invasivo?








ETAPA 3
A partir do debate sobre o tema Pokémon Go, solicitar aos alunos que criem os seguintes itens apresentados na tabela abaixo, que segue a estrutura do artigo de opinião.

SITUAÇÃO-PROBLEMA
DISCUSSÃO
SOLUÇÃO-AVALIAÇÃO























Em grupos, haverá um sorteio de um tipo de argumento para criar (de autoridade, de consenso, de provas concretas e/ou de competência linguística).
As professoras explicarão de que se trata cada tipo de argumento, conforme segue abaixo:



Após a criação desses argumentos, os grupos serão misturados novamente, para que cada representante troque argumentos de tipos diferentes com seus colegas, completando o quadro.
Argumento de autoridade
Argumento de consenso
Argumento de provas concretas
Argumento de competência linguística





























Com base na tabela completa, os alunos, individualmente, farão a produção de seus artigos de opinião.











Autoavaliação e avaliação da produção final e reescrita.

Etapa 4
Debate referente aos artigos de opinião produzidos pelos alunos nos temas anteriormente escolhidos.
Elaborar artigos de opinião em sala de aula, a fim de empregar argumentos consistentes para convencer seus leitores para que possam ser publicados, no jornal mural da escola, assim transformando o ambiente escolar.
Produtores do texto: alunos do 2º ano do Ensino Médio
Leitores: público leitor alunos da escola
Objetivo: Publicar os artigos de opiniões no jornal mural, a fim de divulgar o trabalho realizado em sala de aula pelos alunos.


Artigos de opinião:
Pokémon Go uma campanha excepcional

JORGE FONSECA DE ALMEIDA | 27 Julho 2016, 00:01
Nas últimas semanas, temos assistido a uma campanha verdadeiramente avassaladora do lançamento de um jogo, da Nintendo e da Niantic, o Pokémon Go, um jogo de realidade virtual aumentada para telefones inteligentes das plataformas iOS e Android.
Um dos vetores da campanha, em Portugal mas noutros países também, tem sido a utilização inteligente das redes sociais e dos media para criar a sensação de moda, de fenómeno de massas gerando o sentimento em quem ainda não aderiu, mais de 90% da população, de que está a perder algo importante, de que não está a acompanhar o seu tempo, que está a deixar escapar uma experiência que para outros se está a revelar apaixonante e absorvente. Claro que, não se querendo deixar ficar para trás, o potencial cliente corre a obter mais informação e a comprar o jogo.

Interessante é perceber que a maioria dos "posts" não são elogios diretos ao produto, nem listas de benefícios, mas sim mensagens que parecem criticar o exagero com que alguns se apaixonam pelo produto, que caricaturam os jogadores entusiastas como os que atravessam ruas sem olhar só para capturar mais um esquilo.

Estas mensagens surgem aos olhos dos consumidores como independentes e, sendo fáceis de reproduzir de forma criativa por terceiros verdadeiramente independentes, autorreproduzem-se sem custos para o anunciante, que passa a ter criativos e meios gratuitos.

Quantos jornais não escreveram artigos sobre este jogo? Quantas pessoas criaram ou partilharam mensagens nas redes sociais sobre o Pokémon Go? Mesmo pessoas que não conhecem o jogo, que nunca o jogaram, entram neste outro jogo de o ajudar a difundir, de o ajudar a publicitar.

Mensagens independentes são mais facilmente absorvidas acriticamente pelos potenciais clientes que nelas não veem os verdadeiros intuitos comerciais.

O produto começou a ser lançado pela primeira vez este mês de julho em todo o mundo, mas percorrendo os media e as redes sociais, temos a impressão de que já se encontra à venda há muito tempo noutros países, o que não é o caso, e que devemos correr para apanhar um comboio já em movimento. Cria-se, assim, uma urgência na resposta, na compra do produto. É agora, ou fazemos figura de retardatários.

Uma campanha excecionalmente bem concebida e executada que está a ter os frutos desejados pela Nintendo. O Pokémon Go está a verder muito bem em quase todo o mundo.

Economista


Eu não sei o que é um Pokémon

Mas por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa praticamente 18 horas do dia online e conectado a redes sociais. Portanto sei da febre que tomou conta do mundo e finalmente chegou ao Brasil
      Flávio St Jayme

Eu não sei o que é um Pokémon. Pra mim, Pokémon e Digimon são a mesma coisa e os únicos que eu conheço são o Pikachu, o tamagochi e a HelloKitty. Ok, ok. Eu sei que não é tudo a mesma coisa. Que Pokemon e Digimon são tipo Star Wars e Star Trek, Beatles e Rolling Stones, Oreo e Negresco: produtos semelhantes com fãs fervorosos e rivais (com as devidas proporções, é claro). Mas na minha cabeça, Pokémon é uma coisa igual Funko. Sabe aqueles bonequinhos cabeçudos de diversos personagens? Então. É como se fosse aquilo e como se houvesse Pokémon do Pikachu, do Garfield, do Pernalonga e do Batman, por exemplo. Sei que não é assim, mas sei também que muita gente pensa como eu.
Mas por mais que não conheça, sou uma pessoa que passa praticamente 18 horas do dia online e conectado a redes sociais. Portanto sei da febre que tomou conta do mundo e finalmente chegou ao Brasil chamada Pokémon Go. Um jogo/aplicativo de celular de realidade aumentada onde pela câmera do smartphone você “vê” os tais Pokémons na rua e é capaz de capturá-los. Não, não tem Pokémon da HelloKitty ou do Batman, já investiguei.
De qualquer forma, já vi gente reclamando que ao invés de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis. Assim como reclamam do uso de internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra, não sejamos extremistas
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Mesmo quem mais ataca a Olimpíada no Rio de Janeiro vai ter que admitir, não fosse isso, o game não chegaria tão cedo por aqui. Mas com os eventos prestes a começar e o mundo de olho na cidade maravilhosa, milhares de turistas desembarcarão no Brasil e, já viciados no jogo lá fora, não iriam gostar nada de não poder jogá-lo por aqui.
Publicidade
O game, que funciona de forma bem simples, pede conexão de internet móvel – coisa em que a gente sabe que não é lá muito eficiente. E tão ansiosos quanto os fãs dos personagens, estavam outros grupos brasileiros pela chegada do app: os Assaltantes Go. Sim, a poucas horas do lançamento do jogo no Brasil já houve relatos de pessoas sendo abordadas por grupos de tocaia esperando um caçador de Pokémons para lhe roupar o smartphone. (Se pelo menos tivesse um Pokémon do Batman...)
Quando os monstrinhos surgiram, em 1996, eu já era um adolescente. Fui descobrir o que era um Pokémon anos depois (acho que ainda não descobri) quando passei a ter sobrinhos ou funcionários mais novos. Entendi, mais ou menos, que se trata de um mundo próprio, com filmes, animações, jogos e, claro, brinquedos. Mas não é coisa de criança, eles insistem. Imagino que na escola tenha acontecido um furor semelhante ao dia seguinte da Páscoa, quando todos levam os brinquedos de dentro dos ovos para mostrar. Desta vez todos mostrarão os Pokémons que já capturaram. Se já era difícil manter a ordem só com Whatsapp, Facebook e Snapchat, imagino o professor agora em sala de aula lutando contra Pokémons (Pokémons lutam?).
De qualquer forma, já vi gente reclamando que ao invés de jogar, as pessoas deveriam fazer coisas úteis como Lerumlivro Go ou Lavaralouça Go. Assim como reclamam do uso de internet ou de vídeo games. Uma coisa não exclui a outra, não sejamos extremistas. Não sou contra jogos, mas ao mesmo tempo acredito que existe hora pra tudo. Hora, e não idade. Não existe idade para brincar. E quanto ao Pokémon Go? Já baixei e ainda estou tentando entender o que são os bichinhos. Uma hora consigo.
Flávio St Jayme, jornalista e empresário com formação em Pedagogia e História da Arte, é sócio-proprietário da agência Clockwork Comunicação

O Analista de Bagé e o estereótipo do gaúcho

PLANO DE AULA Nº 02
Escola: Colégio João Mosmann
Professores/ bolsistas: Ana Lúcia F. Carvalho, Angela Berton
Data: 27/06/2016 Carga horária: 8 horas/aula
Turma: 103 Professora/ supervisora: Viviana

Assunto:Leitura, interpretação e produção textual.
Conteúdo:Comparação e relação entre o gaúcho do conto “Trezentas Onças”, de Simões Lopes Neto, e o gaúcho apresentado pelo “Analista de Bagé”, do autor Luís Fernando Verissimo.
Objetivos:.
  • Conhecer algumas expressões do Analista de Bagé, por meio das explicações das professoras, a fim de motivar-se à leitura da crônica Raízes, de Luís Fernando Verissimo.
  • Ler a crônica Raízes, em silêncio, por meio de fotocópias, a fim de discuti-la e interpretá-la.
  • Debater a crônica em questão, por meio de uma conversa, sobre pontos importantes do texto, a fim de despertar a criticidade.
  • Responder as questões de interpretação textual, por meio de fotocópias, com o intuito de compreender melhor o texto.
  • Produzir cartazes, para que sejam comparados os tipos de gaúchos encontrados nos dois textos a fim de despertar escrita criativa.
  • Organizar exposição dos cartazes na escola, a fim de representar as releituras produzidas.





Metodologia:
Motivação: As professoras apresentarão algumas expressões do Analista de Bagé aos alunos, por meio da oralidade, a fim de instigá-los ao texto a ser lido.
“Pra besteira e financiamento do Banco do Brasil, sempre se arranja um jeito.”
“Se todo mundo fosse gaúcho, ser gaúcho não teria vantagem”
“Engraçado é gorda botando as calça”
“O gaúcho é o que é porque a bombacha dava espaço”
“Mais prestimosa que mãe de noiva em dia de casamento.”
“Mais enrolado que lingüiça de venda.”
“Mais por fora que joelho de escoteiro.”
“…e a indiada mentindo mais que guri pra entrar em baile.”
“Mais rápido do que enterro de pesteado.”
“Mais caro que argentina nova na zona.”
“Mais bagunça que espirro em farofa.”
“Mais comentada que vida de manicure.”
“Roda de carreta chega cantando e se vai gemendo.”
“Bravateiro como castelhano em chineiro”
“Mais vale ser touro brocha que boi tesudo.”
“Mais sagrado que Deus e a mãe, só dívida de jogo.”
“Mais seco que penico de cego.”
“Mais triste que tia em baile.”
“Quem gosta de aglomeramento é mosca em bicheira”
“Mais nervosa que gato em dia de faxina”

Atividade 1:
As professoras bolsistas distribuirão fotocópias da crônica Raízes, de Luís Fernando Veríssimo, paraos alunos lerem, silenciosamente.

Raízes
Pouco se sabe da vida pregressa—ou “os antes”, como ele mesmo diria- do analista de Bagé. Embora hoje tenha consultório na cidade grande e só atenda neuróticos importantes, cobrando muito e por minuto –segundo ele, “ que é pra ninguém se aboleta e inventar de passar dia” -, o analista de Bagé teve um começo difícil. Contam, inclusive, que ele percorria o interior do Rio Grande do Sula numa charrete, com um divã portátil, oferecendo tratamento de porta de estância em porta de estância.
-Buenas!
- Como lê vai?
-Par aí, gauderiando más que cigano e candidato.
-Pos se apeie e tome um mate.
_pos aceito. Sou como chiana passada, não arreganho convite,. E tou com a goela más seca que penico de cego.
-Oigatê. O amigo vende o quê?
-Pos sou psicanalista, tchê.
-Oigatê. Por aqui já apareceu até maranhense. Psicanalista é o primeiro.
-Sou freudiano e não renego.
-Freudiano, então, nem se fala.
-Será que não tem na casa alguém precisando de uma sessão ? Cinquenta minutos e aceito pagamento em charque.
-Pos a Orestina...
-Que tem?
-Anda com riso frouxo.
-Sei.
-Ri sozinha.
-Que cosa.
-Qualquer cosa. Se arreganha.
-Não é cócega?
-Que idade tem a bicha?
-Dezessete.
-Essa não tem nada.
-Mas ri até de topada.
-É da idade.
-E ela não corre perigo?
-Só de engravidá.
Ao contrário do que se pensa, o analista de Bagé mantém-se a par de todos os desenvolvimentos na área da psiquiatria, embora se declare “freudiano de oito costados” e “ “más ortodoxo que pomada Minâncora”. Ele tem uma boa e atualizada biblioteca que consulta com frequência. Sempre que pega um caso mais difícil, no entanto, o analista de Bagé recorre a um grosso volume em alemão na estante dos eu consultório. É entre suas páginas que guarda, escritas a toco de lápis em folhas soltas de um caderno de armazém, as máximas do seu pai, o velho Adão. Quando, diante de um caso “ dos encroado”, o analista de Bagé se vê “más apertado que jeans de fresco”, as máximas do velho Adão muitas vezes sugerem uma saída. Eis algumas delas:
“ Mate e china, quanto mais novo, mais quente.”
“Hay mil regras pra come, mas nenhuma pra cagá.”
“pra segura mulher em casa e cavalo em campo aberto, só carece de um pau firme.”
Dando a ideia de que o cúmplice é igual ao criminoso, ou então que muitas vezes o que parece sem importância é essencial: “A gengiva não morde, mas segura os dente.”
Sobre as sutis diferenças: “Milonga e tango? Quibebe e mogango.”
“ Puro-sangue ou bagual, a bosta é igual.”
Uma variação: “Meleca de rainha é igual à minha.”
Um sábio comentário sobre as interpretações subjetivas: “Roda de carreta chega cantando e se vai gemendo.”
Algumas comparações: “Braveteiro como castelhano em chineiro”. “ Sujo como pé de guri”, “Branco como catarina assustado”, “Duro como trança de beata.” “Más vale ser touro brocha que boi tesuado.”
“Pra guaipeca, pontapé é mimo.”
“Más sagrado que Deus e a mãe, só dívida de jogo.”
Das deduções simples: “Se a toca é ancha, o tatu é gordo.”
Do perigo das deduções apressadas: “Pela cabeleira, o julgamento é canhestro: pode ser china ou maestro.”
“Más seco que penico de cego.”
“Más triste que tia em baile.”
“Cavalo de borracho sabe onde o bolicho dá sombra.”
“Marido de parteira dorme do lado da parede” (significado obscuro).
“Viúva moça é como louça: já foi usada, mas não se joga fora. ”
“Se Deus fez o mundo em seis dias, só no Rio Grande gastou cinco. ”
Contam que o analista de Bagé, embora se declare “mais antigo que emplastro” e freudiano de usar carteirinha, não renega as novas técnicas de análise. Inclusive, inventou algumas. Segundo ele, o que vai longe sem sair do lugar é trilho. É preciso dinamizar a análise. Não se concebe mais que o paciente fale enquanto a anlista cochila. Por isto, depois de inventar a análise em grupo com gaiteiro, “pra indiada se soltá”, ele está experimentando com sessões externas ou “à la fresca”, durante as quais paciente e analista saem à rua, a a análise é feita em qualquer lugar, num banco de praça, até num balcão de cafezinho.
-Ainda estou na fase anal-retentiva, doutor. Tenho esta obsessão infantil em não dar nada, nunca , a ninguém.
-Mas que cosa. Me passa o açúcar.
-Não passo.
As sessões de rua são boas para o paciente, pois ele foge da passividade um pouco humilhante do divã. (Se bem que o analista de Bagé adaptou um mecanismo de cadeira de dentista so seu divã que, nos casos de complexo de inferioridade, vai ficando mais alto ao logo da sessão. “Controlo a altura na alpargata, e o citadito pensa que melhorou. ”) Para o analista também é bom, porque ele pode, por exemplo, ir ao banco e dar consulta ao mesmo tempo. Mas o que tem dado resultado mesmo são as análises no campo. Dependendo do caso, o analista de Bagé leva o paciente a caminhar no parque ou subir em morro. Ele nasceu na campanha e costuma dizer que é homem “de quatro horizontes”. E quando o paciente dá sinais de estar muito angustiado pela vida urbana, o analista de Bagé grita para Lindaura, sua recepcionista: “Prepara os isopor, que este é caso de piquenique. ” Aliás, ele diz que é tradicionalista de botar o Paixão num bolso e o Barbosa Lessa no outro, mas que hoje em dia não se admite gaúcho autêntico sem garrafa térmica. E vão pro mato.
Foi sentado debaixo de uma figueira, mastigando um talo, que o analista de Bagé ouviu a sua paciente- “mais linda que manta de charque gordo”, como diria depois- declarar que não conseguia sentir prazer com homem algum, a não ser que houvesse a ameaça de punição. O analista de Bagé tentou manter o distanciamento clínico, mas estava batendo sol na bombacha e não deu. Olhou rapidamente em volta e avistou um relvado na forma de uma cama redonda.
Deus existe, pensou, e Freud está à sua direita, anotando tudo. Sutilmente, o analista de Bagé sugeriu:
-Tira a roupa.
-Serei punida, depois?
-Mas bá.
-Como? Pelo sentimento de culpa?
-Não.
-Desenvolverei uma neurose? Meu ego, que exige a punição, combaterá meu id, que ser satisfeito a qualquer custo, mesmo sabendo que ter relações com meu analista, que personifica o meu superego, não me causará culpa, pois posso racionalizá-las como terapia de apoio? Será esse o meu castigo?
-Não.
-Então qual?
-Urticária.
-Oba.

Atividade 2:
As professoras entregarão as questões de interpretação textual, por meio de fotocópias, para os discentes responderem, individualmente.

Responda:

  1. Qual a relação entre o título do texto e o seu conteúdo?
  2. O texto lido pertence a um gênero específico. Que gênero é esse? Como ele é estruturado?
  3. Quais são as principais características do gaúcho apresentadonotexto Raízes?
  4. O texto apresenta algumas expressões gauchescas. Retire as que mais lhe chamar a atenção e procureno dicionário qual o significado delas.
  5. Que tipo de linguagem é utilizada no texto Raízes?
  6. Você conhece alguém que utiliza esse tipo de linguagem no dia a dia?
  7. Quais são as diferenças encontradas no conto Trezentas Onças e na crônica Raízes em relação às representações do gaúcho? ?
  8. A partir dos dois textos lidos, é possível perceber o estilo de cada escritor? Justifique.
  9. Nos dias atuais, como o gaúcho é visto perante à sociedade?
  10. Hoje, qual texto se enquadraria mais no perfil do gaúcho? Por quê?
  11. Escreva quais são as principais características do gaúcho apresentado em:
Trezentas Onças:
Raízes:
  1. Qual o intuito do escritor ao utilizar esse tipo de vocabulário na crônica? Justifique com passagens do texto?

Atividade 7:Em trios, os alunos farão cartazes, a fim de apresentar as diferenças do gaúcho, encontradas em cada texto, por meio de figuras, desenhos, recortes, palavras.... Enfim, usando a criatividade. Esses cartazes serão expostos na sala de aula.
Recursos:
- Fotocópias do texto.
- Fotocópias das questões.
- Lápis, borracha e caneta.
- Cartolinas coloridas.

Avaliação:

Será satisfatório se os alunos participarem ativamente da atividade de motivação, leitura do texto, do debate oral, interpretação e produção textual.  Cada aluno será avaliado individualmente, através do empenho e dinamismo nas atividades propostas.