Atividade com alunos do 1°ano do
ensino médio noturno, Colégio Theóphilo Sauer.
Acadêmicos bolsistas: Denise Hack, Elisiane Correa,
Vanderlei Linden
Objetivos:
Ø
Discutir
sobre a questão de como o negro é visto no Brasil.
Ø
Conscientizar
o aluno da importância da igualdade, minimizando o preconceito.
Ø Trabalhar
diferentes gêneros textuais, contendo como abordagem principal, a Afro
descendência.
Metodologia:
Ø -
Será passado o vídeo da música do cantor Gabriel Pensador “Racismo é Burrice”- http://letras.mus.br/gabriel-pensador/137000/
Recursos:
Ø -Datashow
Ø -Caixa
de som (para os alunos poderem ouvir a música);
Ø -Uma
folha com a letra da música “Racismo é Burrice” impressa;
Ø -
Dicionários;
Etapas da aula:
Será passada a música com o vídeo clip que aborda o
racismo como tema principal e os alunos acompanharão a letra na folha xerocada.
A seguir será proposto uma discussão com a turma indagando-os:
Ø -
Qual o tema principal da música?
Ø -O
que é Racismo?
Ø -Em
quais situações encontramos racismo?
Ø -Você
já sofreu algum tipo de preconceito?
Atividade
2:
Os alunos receberão uma cópia com atividades
abordando gêneros textuais, como assunto
principal “Racismo” , cada um fará a atividade individual.
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Sobre o barco dos amores,
Da vidaboiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
do Gondoleiro do amor.
Tua voz é a cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento;
E como em noites deItália,
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
Teu sorriso é uma aurora,
Que o horizonte enrubesceu,
-Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubrasdo céu.
Nas
tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja,
palpita nua;
Como
é doce, em pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?...
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?...
Teu
amor na treva é - um astro,
No silêncio uma canção,
Ébrisa - nas calmarias,
É abrigo - no tufão;
No silêncio uma canção,
Ébrisa - nas calmarias,
É abrigo - no tufão;
Por isso eu te amo querida,
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
Castro Alves
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2)
Castro
Alves utiliza em seu poema palavras relacionadas ao “afrodescendente”, cite-as:
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3)
Pesquise no dicionário o
significado da palavra “Gondoleiro”:
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Negro Soul (poesia de Luiz De Jesus)
"Sou um negro no tronco da demagogia
levando chibatadas de hipocrisia
preso na senzala da indiferença
e transportado no navio da ofensa"
5)
Qual o assunto
tratado na poesia de Luiz de Jesus? Como você chegou nessa conclusão: ____________________________________________________________________________________________________________________________
6)
Para Pensar:
Na sua opinião o que o autor quis dizer com “ preso na senzala da Indiferença e
transportado no navio da ofensa”?
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7) Leia a crônica
“Racismo” de Luís Fernando Veríssimo e sublinhe as palavras que denotam
racismo:
Racismo- Escuta aqui, ó criolo...
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita. Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas...
- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas...
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.
- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a frequentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas...
- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas...
- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.
- Pois então. O ...
- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.
- Mas...
- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.
- É, mas...
- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil.
Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.
- Sim, mas...
- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.
Luís Fernando
Verissimo
8)
Dos textos
trabalhados, qual você mais gostou? Justifique-se:
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