Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

terça-feira, 11 de agosto de 2015


Atividade de introdução sobre Afrodescêndencia: 1°ano ensino
 médio noturno - Colégio Theóphilo Sauer - Turma: 211

Acadêmicos: Denise Hack,  Elisiane Correa, Vanderlei Linden
Assunto: A origem dos sobrenomes
Objetivos:
ü Conhecer a origem dos seus sobrenomes.
ü Pesquisar costumes e traços característicos de etnias diversas.
ü Relacionar a  sua etnia com o próprio sobrenome.

Metodologia: Após o questionário, os alunos desenvolverão o trabalho de pesquisa em duplas na sala de informática da escola.
Recursos:
ü 01 cópia do texto A origem(nada nobre) dos sobrenomes,
ü Computadores
ü Internet

Atividade 01:  Os alunos receberão uma cópia do texto para ser feita uma leitura. Após responderão um questionário. Será feito um sorteio, sobre qual etnia, cada dupla deverá fazer sua pesquisa.
Atividade 2:  Os alunos irão ao laboratório de informática pesquisar a origem dos seus sobrenomes, costumes e traços característicos das etnias propostas pelos professores bolsistas.
Leia o texto abaixo:

A (nada nobre) origem dos sobrenomes
Na semana passada, mostrei que, originalmente, o sobrenome de Oscar Pistorius designava a profissão de padeiro. Esse fato não é incomum: muitos sobrenomes se originam de profissões, apelidos (incluindo referências a características físicas ou morais), nomes geográficos, aumentativos ou diminutivos de prenomes, etc. Mas por que isso é assim?
Primitivamente, as pessoas não tinham sobrenomes, apenas um nome que as diferenciava das demais. É fácil imaginar que, numa comunidade de no máximo uma centena de pessoas, como uma tribo de índios, os nomes não teriam por que se repetir. No entanto, à medida que as próprias tribos cresciam, começou a ser necessário utilizar nomes compostos. Por isso, agora já não bastava nomear uma menina como Lua, era preciso especificar: Lua Branca, Lua Azul, LuaCrescente...
Sabe-se que os chineses usam sobrenomes (antepostos aos nomes) desde a mais remota antiguidade. Já os povos pré-romanos da Europa, com exceção talvez dos etruscos, não os usavam, mas seus nomes eram compostos (por exemplo, o grego Demócrito, "escolhido do povo", Filipe, "o amante dos cavalos", e por aí vai). Mesmo assim, chegou um momento em que certos epítetos tiveram de ser acrescidos a esses nomes, sobretudo para diferenciar pessoas célebres, como Dionísio de Trácia e Dionísio de Halicarnasso. Esses epítetos geralmente remetiam ao local de origem do portador do nome.
A partir do século 1 a.C., os romanos adotaram um sistema de três nomes, ou "tria nomina": "praenomen" (nome próprio), "nomen" (gentílico) e "cognomen".
Na Idade Média, voltou-se ao costume, também usado no Oriente Médio, de portar um nome triplo, formado pelo nome de batismo (por exemplo, João) seguido de um patronímico (Fernandes, isto é, filho de Fernando) e de um toponímico (de Guimarães, nome de uma cidade de Portugal). Esse sistema, com poucas modificações, é usado até hoje na Islândia. Gunnar Eriksson significa "Gunnar, filho de Erik"; seu filho, de nome Olaf, será Olaf Gunnarsson, e assim por diante. As mulheres têm sobrenomes terminados em "dóttir" (filha) no lugar de "son" (filho).
Com o tempo, esses epítetos passaram a ser transmitidos hereditariamente. Quem primeiro fez isso foram os nobres, cujos sobrenomes se referiam à denominação das terras que possuíam (Monte-Branco, Villa Verde, Gouveia, etc.). Depois, os plebeus também passaram a herdar nomes de família. Como a origem desses nomes era por vezes uma alcunha, surgiram sobrenomes decorrentes de profissões (João dos Santos, o que fabrica imagens sacras; Antônio Pimentel, o que planta pimentas; Taylor, "alfaiate", Schuhmacher, "sapateiro", Boulanger, "padeiro", Fabbri, "ferreiro", etc.), cidades (Lisboa, Barcelos, Cintra), diminutivos (Andreotti, "Andrezinho"), aumentativos (Andreoni, "Andrezão"), características físicas (Branco, Longo, Torto, Velho, Calvo) ou morais (Bom, Feliz), além de referências religiosas, como Nascimento, Cruz e Natal, dentre outros. Por sinal, os próprios epítetos dos santos passaram a funcionar como sobrenomes em Portugal: Assis (Francisco de Assis), Batista (João Batista), Paula (Francisco de Paula), das Graças (Maria das Graças). Em Portugal, também se tornaram comuns sobrenomes de animais (Pombo, Coelho, Lobo, Leão, Carneiro) ou plantas (Arruda, Rosa, Pereira, Oliveira, Carvalho). É que seus portadores originais deviam possuir alguma característica desses seres vivos - ou então trabalhar com eles. 
Quando os judeus da Península Ibérica foram obrigados a converter-se ao cristianismo, adotaram sobrenomes que os pudessem identificar como cristãos-novos; muitos deles eram traduções de nomes hebraicos, enquanto outros recorriam aos padrões animal ou vegetal. 
Os judeus ricos podiam comprar sobrenomes mais distintos (como ouro ou prata, o que explica por que tantos sobrenomes alemães de origem judaica contêm "gold" ou "silber"), ao passo que os muito pobres tinham de contentar-se às vezes com nomes vexatórios (por exemplo, Schmutzig quer dizer "sujo" em alemão).
Como revelam esses exemplos, a maioria dos sobrenomes que carregamos hoje em dia tem uma origem não muito nobre. Felizmente, boa parte deles teve sua origem obscurecida pelo tempo. Mas a ciência chamada Onomástica pode, por meio de pesquisa histórica e etimológica, desvendar quem eram e o que faziam nossos antepassados.

Fonte: http://revistalingua.com.br/textos/blog-abizzocchi/a-nada-nobre-origem-dos-sobrenomes-278531-1.asp

 Responda o questionário abaixo:
1)    Escreva o seu nome completo.
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2)    O que você entende por descendência ?

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3)    Qual a sua descendência/etnia ? (alemã, italiano, japonesa, indígena, africano, outros).

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4)    Você possui algum traço que o define dentro da sua etnia.

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5)    De acordo com o texto, por quê houve a necessidade de agregar sobrenomes nas pessoas, não mais apenas o nome?

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6)    Na sua opinião, a origem dos sobrenomes citados no texto era nobre?

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A)  Faça uma pesquisa na sala de informática sobre a origem do significado do seu sobrenome. Descreva o que pesquisou.

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B)   De acordo com a etnia sorteada pelo professor, cada dupla deverá pesquisar e descrever:

v Costumes:-------------------------------------------------------

v Comidas:--------------------------------------------------------
                  vTraços/características------------------------------------------


Atividade com alunos do 1°ano do ensino médio noturno - Colégio Theóphilo Sauer -Turma 211

Acadêmicos bolsistas: Denise Hack, Elisiane Correa, Vanderlei Linden
Assunto: O preconceito racial na sociedade.
Objetivos:
  • Conhecer a cultura do negro e sua influência musical.
  • Discutir sobre a questão de como o negro é visto no Brasil.
  • Conscientizar o aluno da importância da igualdade, minimizando o preconceito.

Metodologia: Após assistir ao vídeo que aborda um documentário sobre a música do povo africano, faremos uma atividade de comparações de culturas e suas semelhanças.

Recursos: 
  • Datashow
  • O vídeo “A música africana”
  • 01cópia da atividade proposta com a interpretação do texto

Atividade 01: Será passado um vídeo que traz a música africana como destaque.
Atividade 2: Os alunos receberão uma cópia com a atividade, e toda discutirá sobre o tema abordado.

  “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela.
Leia o texto abaixo:
Escrito por uma criança angolana ...
Quando eu nasci, era Preto.                  
Quando cresci, era Preto.
Quando pego sol, fico Preto.
Quando sinto frio, continuo Preto.
Quando estou assustado, também fico Preto.
Quando estou doente, Preto!
E, quando eu morrer, continuarei Preto!
E você, cara Branco ,
Quando nasce, você é Rosa ;
Quando cresce, você é Branco ;
Quando você pega sol , fica Vermelho ;
Quando sente frio , você fica Roxo ;
Quando você se assusta fica Amarelo ;
Quando está doente , fica Verde ;
Quando você morrer , você ficará Cinzento.
E você vem me chamar de Homem de Cor ??!!
1)    Reflita sobre o texto e responda com suas palavras:
 
a)    Quais sentimentos a criança do texto expressa em sua opinião?
____________________________________________________________
b)    Qual a mensagem que ela quer transmitir no texto?
______________________________________________________________
 
2)    Escreva quais elementos encontrados no vídeo caracterizam o povo africano.
a)______________________________________________________________
3) O assunto abordado no texto é atual? Por quê?
_________________________________________________________________
4)    Destaque na música e comente abaixo as palavras que remetem ao povo africano?
Festa   (Ivete Sangalo)                                                         
Festa no gueto,                                                
Pode vir, pode chegar
Misturando o mundo inteiro
Vamos ver no que é que dá
Hoje tem festa no gueto
Pode vir, pode chegar
Misturando o mundo inteiro
Vamos ver no que é que dá
Tem gente de toda cor
Tem raça de toda fé
Guitarras de rock'n roll
Batuque de candomblé
Vai lá
Pra ver
A tribo se balançar
O chão da terra tremer
Mãe preta de lá mandou chamar
Avisou, Avisou, Avisou, Avisou
Que vai rolar a festa
Vai rolar
O povo no gueto
Mandou avisar....

5) Explique a importância de estudarmos a cultura africana e de que     maneira essa cultura ainda está presente no nosso cotidiano.
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6) Na sua opinião, por quê o negro é vítima ainda de preconceito? 
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7)  O que você faria para tentar diminuir ou acabar com o preconceito no Brasil?
8)    Imagine que você terá que explicar a uma criança o que é preconceito racial e porque o negro sofre essa discriminação. (No mínimo 6 linhas).
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9)    Preconceito é um assunto que vem sendo muito discutido aqui no Brasil, e ele não é só racial. Cite outros grupos de pessoas que sofrem discriminação.
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Atividade com alunos do  1°ano do ensino médio noturno, Colégio Theóphilo Sauer.
Acadêmicos bolsistas: Denise Hack, Elisiane Correa, Vanderlei Linden
 Objetivos:
Ø Discutir sobre a questão de como o negro é visto no Brasil.
Ø Conscientizar o aluno da importância da igualdade, minimizando o preconceito.
Ø Trabalhar diferentes gêneros textuais, contendo como abordagem principal, a Afro descendência.
Metodologia:
Ø - Será passado o vídeo da música do cantor Gabriel Pensador                  “Racismo é Burrice”- http://letras.mus.br/gabriel-pensador/137000/
Recursos: 
Ø -Datashow
Ø -Caixa de som (para os alunos poderem ouvir a música);
Ø -Uma folha com a letra da música “Racismo é Burrice” impressa;
Ø - Dicionários;
Etapas da aula:
Será passada a música com o vídeo clip que aborda o racismo como tema principal e os alunos acompanharão a letra na folha xerocada.
A seguir será proposto uma discussão  com a turma indagando-os:
Ø - Qual o tema principal da música?
Ø -O que é Racismo?
Ø -Em quais situações encontramos racismo?
Ø -Você já sofreu algum tipo de preconceito?
Atividade 2:
Os alunos receberão uma cópia com atividades abordando gêneros textuais, como assunto  principal “Racismo” , cada um fará a atividade individual.
O GONDOLEIRO DO AMOR 
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar; 

Sobre o barco dos amores,
Da vidaboiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
do Gondoleiro do amor. 

Tua voz é a cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento; 

E como em noites deItália,
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor. 

Teu sorriso é uma aurora,
Que o horizonte enrubesceu,
-Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubrasdo céu. 
 
Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor. 

Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua; 
 
Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?... 
 
Teu amor na treva é - um astro,
No silêncio uma canção,
Ébrisa - nas calmarias,
É abrigo - no tufão; 

Por isso eu te amo querida,
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
                                    Castro Alves
      1)      Do que se trata o poema? Como você chegou nessa conclusão?

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2)      Castro Alves utiliza em seu poema palavras relacionadas ao “afrodescendente”, cite-as:

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3)      Pesquise no dicionário o significado da palavra “Gondoleiro”:

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      4)      Na sua opinião  porque o autor utiliza a expressão “Gondoleiro do amor”?

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 Leia  a poesia a seguir e responda o que se pede:
Negro Soul (poesia de Luiz De Jesus)
"Sou um negro no tronco da demagogia
levando chibatadas de hipocrisia
preso na senzala da indiferença
e transportado no navio da ofensa"
           5)      Qual o assunto tratado na poesia de Luiz de Jesus? Como você chegou nessa conclusão:  ____________________________________________________________________________________________________________________________
           6)      Para Pensar:

Na sua opinião o que o autor quis dizer com “ preso na senzala da Indiferença e transportado no navio da ofensa”?
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      7)      Leia a crônica “Racismo” de Luís Fernando Veríssimo e sublinhe as palavras que denotam racismo:
            Racismo
- Escuta aqui, ó criolo...
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita. Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas...
- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas...
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.
- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a frequentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas...
- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas...
- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.
- Pois então. O ...
- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.
- Mas...
- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.
- É, mas...
- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil.
Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.
- Sim, mas...
- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.

Luís Fernando Verissimo

 
8)      Dos textos trabalhados, qual você mais gostou? Justifique-se:

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