Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos

domingo, 17 de dezembro de 2017

Plano de aula: "A lenda dos quadros das crianças que choram" -- Alessandra e Ângela.

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO FELIPE MARX
Nomes dos bolsistas: Alessandra Oliveira, Anderson e Angela Berton
Turma: 108
Supervisora: Lisandra
Data: 03/04/2017
PLANO DE AULA
OBJETIVOS GERAIS:
 - Trabalhar a lenda dos “quadros das crianças que choram”.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Desenvolver a criatividade e a produção textual.

METODOLOGIA:
- Em grupos, os alunos receberão algumas imagens dos quadros das crianças que choram, para que em seguida, comentem o que pensam sobre.
- Após isso, receberão os textos para serem lidos em conjunto com a classe.
- Ao término da leitura, será feita uma produção textual: os alunos criarão uma nova versão para a lenda.

CRONOGRAMA:
- Dois períodos de aprox. 45 minutos cada.

RECURSOS:
- Duas versões da história dos quadros das crianças que choram (a lenda e sua variação).
- Imagens xerocadas de alguns quadros das crianças que choram.

A lenda

Nos anos 80, diversas casas misteriosamente pegaram fogo na Inglaterra, em eventos que muitas vezes causaram a morte de alguns dos moradores. Estranhamente todas as casas tinham uma assustadora coincidência - a presença de um quadro de uma criança chorando. Este quadro sempre permanecia intacto após o incêndio, mesmo nos ambientes mais destruídos.

A lenda do quadro das crianças que choram começou na Inglaterra, e dizia que o pintor responsável pelos quadros, o italiano Giovanni Bragolin, estava na miséria. Desesperado, ele apelou para um pacto demoníaco. Mas ele foi esperto. Ao invés de oferecer sua alma, ele ofereceu as almas de quem comprasse seus quadros.

Na noite do pacto, Giovanni teve um sonho, onde 28 crianças foram torturadas e sacrificadas num tipo de ritual, onde elas choravam e imploravam por clemência.

No dia seguinte, ele pegou tinta e tela e começou a fazer as pinturas para depois vende-las. As pinturas fizeram muito sucesso, e logo os quadros de Giovanni começaram a serem reproduzidos em série, tal como esses quadros que podemos comprar hoje em dia nesses bazares de esquina. Bragolin usou formas subliminares para mostrar que as crianças estavam mortas. A principal seriam as pupilas dilatadas.

Relatos contam que assim que os quadros são levados para casas, os maus agouros iam junto. Pessoas perdiam empregos, adoeciam. Quando os quadros já estavam numa quantidade considerável de lares, os incêndios começaram. Os bombeiros nunca conseguiam encontrar a causa, até que começaram a associar ao quadro pois, mesmo numa residência reduzida a cinzas, ele nunca era muito afetado.

O tabloide Sun, e em particular, seu editor Kelvin MacKenzie, publicaram uma nota em 4 de setembro de 1985, bradando a “Flamejante Maldição do Garoto em Lágrimas", alegando que a “pintura é a causa de incêndios", o Sun conseguiu criar um frenesi popular em torno da lenda.

No auge do pânico, o Sun iniciou uma campanha para que os ingleses se desfizessem das imagens malditas. Semanas depois, conseguiu promover uma grande queima de 2.500 quadros enviados por seus leitores.

Arrependido, o pintor teria aparecido em programas de televisão apelando para que as pessoas jogassem fora suas reproduções. Talvez o fato de o Fantástico ter noticiado o assunto nos anos 80 explicaria como a lenda se tornou tão famosa também por aqui no Brasil.
Variação sobre a lenda

Em uma das variações da lenda, Giovanni Bragolin teria fugido para a Espanha durante a segunda guerra mundial. Nesse período ele esteve na miséria, e teria feito um pacto com o diabo visando vantagens financeiras. Em troca dos favores ele ofereceu seus serviços ao diabo, que teria incumbido Bragolin de uma missão, e que assim que ele a cumprisse ele deveria pintar quadros a respeito, e assim vendê-los. O pintor teria incendiado um orfanato, causando a morte de várias crianças. Apos esse evento, ele teria pintado os quadros das crianças que choram, retratando diferentes tipos de mortes para elas.


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