Professoras
bolsistas: Angela
Berton e Suzana Souza
Escola: E. E. E. M. Felipe Marx
Turma: T 108 Série: 1º ano Ensino Médio
Data
e carga horária: 21/8/2017 -- 2 períodos
Supervisora: Lisandra
1
ASSUNTO: Nomofobia
2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Compreender
e entremear ideias centrais de reportagens, por meio da leitura individual e de
exercícios interpretativos;
·
Relacionar as ideias expressas no texto com fatos cotidianos, a
partir de reflexões e diálogos para que sejam significados os elementos da
reportagem;
·
Procurar
no texto elementos que auxiliem na escrita das próprias ideias, por meio da
leitura atenta, a fim de que não haja transcrição de excertos como respostas
aos exercícios propostos;
3
CONTEÚDOS
·
Gênero
reportagem;
·
Tecnologia;
·
Oralidade;
·
Interpretação
textual.
4
RECURSOS
·
Smarthfones;
·
Fotocópias;
·
Materiais
escolares cotidianos
5
METODOLOGIA
Aula
dialogada e expositiva com atividades de motivação e interpretação textual.
6
DESENVOLVIMENTO
Motivação:
No início da aula, os alunos
serão recepcionados na sua sala e, intencionalmente, as professoras bolsistas apresentarão
uma postura distraída, cada uma usando seu smarthfone. Assim permanecerão até
que alguém da turma note a atividade irregular com o aparelho por parte das
professoras.
Em
seguida, será iniciado um breve debate sobre o motivo de esta atividade ter
causado estranhamento (ou não) e sobre a crescente dependência que as pessoas
vêm desenvolvendo dos aparelhos em questão.
Pré-leitura
- Que sensação a utilização distraída
dos celulares por parte das professoras vocês sentiram? Por quê?
- Você se considera viciado no celular?
Por quê?
- Quanto tempo, em média, você passa
utilizando aplicativos do telefone?
- Quais as ferramentas mais utilizadas
no aparelho?
- Como é a interação dos seus pais com
os aplicativos do smarthfone?
Leitura-descoberta
Será
entregue a reportagem intitulada “Nomofobia: O vício
pelo celular”, publicada no site
Psiconlinews para leitura individual.
Pós-leitura
Leia atentamente o texto e, em seguida, responda:
1) Sobre o que trata o texto?
R.
O texto trata de um novo vício em que as pessoas sofrem com o uso excessivo de
aparelhos eletrônicos, redes sociais e suas consequências no cotidiano.
2) Onde e quando ele foi publicado?
R.
O texto foi publicado no site Psiconlinews em 04 de julho de 2015.
3) Quem é o(a) autor(a)?
R.
A autora da reportagem é Soraya Rodrigues de Aragão.
4) Conceitue “Nomofobia”.
R. Nomofobia
é o termo utilizado para designar o pavor de ficar sem aparelhos eletrônicos e
redes sociais.
5) Quais são os sintomas de uma pessoa
nomofóbica?
R.
Não desconectar de redes sociais, ter impressão de ouvir o celular tocando
mesmo no silencioso ou estando desligado, preferência por relacionamentos
virtuais em vez de construir relações reais, pânico de ficar sem bateria no
smarthfone, etc.
6) São apontadas várias sugestões para
atenuar o problema da Nomofobia, cite e explique duas delas.
R. Tentar
estabelecer relações reais, a prática de esportes, buscar companhias de amigos
e estar presente como familiar na vida dos adolescentes e crianças.
7) Pode-se afirmar que o texto lido
pertence ao gênero textual reportagem. Quais características evidenciam tal
afirmação?
R.
O texto pertence ao gênero reportagem, pois trata de um tema atual, de
relevância social, apresenta dados pesquisados e conceitos específicos.
8) Você já saiu de casa para passar o
dia fora e esqueceu o celular? O que você sentiu? Comente.
R.
Resposta pessoal.
ANEXOS
Nomofobia: O vício pelo celular
A nossa sociedade está sempre em constantes transformações
tecnológicas, às quais é imperativo nos adaptarmos de maneira positiva a estas
continuas mudanças. Quando esta adaptação acontece de maneira precária,
inadequada ou ineficiente, surgem nos indivíduos diversos problemas de ordem
física, emocional, comportamental e psicossocial. Com a internet não é
diferente. A internet
facilita muito a nossa vida diária. Podemos fazer muitas coisas através desta
ferramenta fantástica: interagir com novas pessoas, realizar pagamentos online,
trabalhar, estudar e encontrar inúmeras possibilidades e oportunidades que
antes sequer vislumbrávamos. Mas como tudo na vida apresenta os dois lados da
moeda, dependendo do uso que fazemos de tudo, o advento da internet também
trouxe consigo uma gama de desafios e consequências que a revolução tecnológica
implementou, inclusive enfermidades para as pessoas que não a usam de uma
maneira consciente.
Isto
acontece quando as pessoas não sabem fazer uma boa administração do tempo de
uso dos dispositivos eletrônicos, se deixando envolver além da conta, sem estabelecer
limites, bem como deixam de viver as possibilidades de uma vida real para
mergulhar em uma ilusão ou irrealidade. Sendo assim, sentem-se mais motivadas
em viver em outro mundo, o virtual. Temos o poder de escolher em utilizar a
tecnologia a nosso favor, nos beneficiando de todas as facilidades que ela
oferece, ou nos tornarmos escravos dela, vivendo em uma solidão coletiva e
desconectada da vida real, o que é alienante.
Gostaria
de ressaltar acerca dos smartphones. Hoje, a função de um celular vai muito
além do receber e realizar chamadas. Podemos fazer uso, abuso ou desenvolver
uma dependência do aparelho móvel. Neste ultimo caso, o da dependência, tenho a
impressão de que para algumas pessoas o celular passou a ser uma verdadeira
extensão do próprio corpo.
Quando
o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se torna um vício
ou uma dependência, prejudicando a realização das atividades cotidianas da
pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares, prejudicando o foco
nas atividades laborais e trazendo consequente prejuízo acadêmico ou
laborativo, já temos elementos suficientes para classificar um transtorno e que
tem nome: Nomofobia.
Caso você esteja apresentando os
seguintes comportamentos:
1-
constantemente controlando seus e-mails;
2- Não
sai das redes sociais e deixa até de se alimentar para permanecer no chat;
3- Escuta
o telefone tocar ou vibrar mesmo estando desligado (sintoma fantasma);
4-Tem
tendência a supervalorizar relacionamentos superficiais nas redes sociais em
detrimento dos relacionamentos reais;
5- Não
consegue ficar sem o celular, mesmo em ambientes inapropriados, tais como restaurantes
e reuniões, levando o aparelho até mesmo quando vai ao banheiro;
Cuidado;
esteja atento! Você pode ser um nomofóbico.
O que é Nomofobia?
A
nomofobia é uma compulsão caracterizada pelo medo irracional de permanecer
isolado e desconectado do mundo virtual. Na abstinência do celular ou tablet
(internet), os sintomas são muito semelhantes aos da síndrome de abstinência de
drogas como álcool e cigarro. Vale a pena ressaltar que a nomofobia está
geralmente relacionada com morbidades secundárias de outros transtornos,
principalmente os transtornos de ansiedade, tais como fobia social, síndrome do
pânico e transtorno obsessivo compulsivo.
Quais são os sintomas de um
nomofóbico?
Os
principais sintomas da abstinência do celular são: angústia, vazio existencial
(a vida parece não ter mais sentido), desespero, estresse, irritabilidade,
náuseas, taquicardia, sudorese, tensão muscular, pânico, dentre outras
manifestações.
Dopamina e internet:
Não
podemos falar de dependência ou vício sem compreendermos como isto acontece nos
bastidores do nosso querido cérebro. Por este motivo é que devemos falar da
dopamina, a molécula do prazer, pois ela está diretamente relacionada com o
nosso circuito de recompensa. A dependência do smartphone é como um vício
qualquer, apresentando, portanto, potencial aditivo e tendo como pressuposto a
exclusividade, a tolerância e a abstinência, tendo igualmente a participação da
dopamina em seus processos bioquímicos.
Além
disso, o uso exagerado do aparelho pode causar inúmeros problemas de saúde
física como: problemas de coluna, torcicolo, tendinites, insônia, estresse,
ressecamento da retina, perdas auditivas, dentre outros.
Problemas
de ordem emocional e psicossocial não ficam de fora, pois nossas crianças e
adolescentes constantemente conectadas no mundo virtual, sofrem perda na
capacidade de interação interpessoal, pois estes não desgrudam do celular para
poder ficar mais tempo nos jogos e nos chats, esquecendo de interagir com
pessoas reais e de realizar atividades cotidianas normais. Em alguns países, o
uso excessivo do celular já é um problema de saúde pública.
O
grande X da questão é que todos os dispositivos que os smartphones e tablets
oferecem é o de proporcionar prazer e recompensa. Por meio desta lógica, se
algo nos proporciona prazer (ou dopamina no cérebro) a estratégia ou recurso
mais eficaz, é substituir o prazer ocasionado pelo uso do celular, por outros
reforçadores que podemos encontrar no nosso ambiente: Um amor real, atividades
esportivas e interativas, a companhia de amigos em uma festa, tentar resgatar
hábitos positivos e mantenedores de relacionamentos reais com amigos e
principalmente com a família, e assim resgatar o afeto, o carinho, o toque e o
“olho no olho”. Em outras palavras, presentificar as nossas vivências reais.
A
questão do uso patológico de chats e redes sociais é que projetamos nossas
pendencias e carências emocionais como um meio de contrabalancear o que não
conseguimos ter, ser ou resolver na “vida real”. Encarar a realidade tal como
se apresenta e procurar estratégias eficazes de inserção social, reconhecimento
e resolução de problemas existenciais, é o primeiro passo para vivermos uma vida
sem artifícios e máscaras. É necessário ter autoaceitação da nossa identidade
para que tenhamos uma melhor qualidade de vida.
A
participação da família é de extrema importância no tocante à educação dos
filhos, bem como no estabelecer limites quanto à utilização de jogos na
internet. As crianças de hoje estão muito mais atentas, aprendendo com muita
facilidade a utilizar todos os recursos disponíveis. Exatamente por este
motivo, a família deve dobrar a atenção, pois as crianças são mais vulneráveis
e estão em uma situação de maior risco, principalmente com relação ao vício em
jogos e postagens de fotos na mídia.