Da esquerda para direita, em pé: Adriana, Suzana, Natan, Ananda, Leandro, Vanderlei, Denise, Dieila e Ana Lúcia
Sentadas: Andréia, Vanderléia, Angela, Tamiris, Janaína e Nicole
Faltam na foto: Elemar, Lílian e Elisiane
Leituras literárias: escritas e diálogos intermidiáticos
quarta-feira, 18 de março de 2015
Estudos iniciais
No dia 11/03, os pibidianos realizaram estudos em grupos sobre questões concernentes à metodologia do ensino de Língua Portuguesa e Literatura. A partir desses estudos, escreveram as seguintes resenhas:
TEXTO E CONTEXTO
Por Suzana, Vanderléia e Natan
O ensino gramatical, entremeado a
outros conteúdos e inserido num contexto, não deve consistir em análises de
extrema minúcia dos verbos, preposições, articuladores e de todas as classes
que a língua comporta, à procura de partículas mínimas em sequência. Esse tipo
de análise não pode acrescentar construções e significados efetivos ao ser
educando, pelo fato de ele não estar sendo o sujeito de tal construção.
No início dos anos 2000, com o
estudo focado na área de gêneros textuais, fora enfatizado o papel da linguagem
voltada à interação social de quem fala e escreve com suas inúmeras variantes
de interlocutores.
Cada produção textual que advém
de um gênero ou, por vezes, de mais de um, deve ser propriedade da criação do
indivíduo que precisa utilizá-lo, de modo que a língua e suas características
normativas sejam adequadas a um determinado contexto. É no aprendizado da
elaboração e adequação desses textos que o indivíduo aprende e terá plenas
capacidades de ampliar e articular seus conhecimentos, habilidades e
competências. É na elaboração de um texto, levando em conta para quem se
dirige, como e em que momento, que a gramática surgirá como tema, relacionada
ao conteúdo.
O artigo “O ensino de produção
textual com base em atividades sociais e gêneros textuais” elucida exatamente a
ideia de que a escola precisa ofertar ao seu público de alunos – que vivem em realidades
diversas e, até mesmo, adversas – contextos em que possam pôr em prática seus
saberes, suas necessidades e capacidades por meio de situações específicas de uso
da linguagem, com a finalidade de realizar alguma atividade ou interação social.
Nesse sentido, a meta dessa nova forma de ensino é a compreensão e construção
da interlocução e não mais o ensino pelo ensino das regras estruturais da
língua.
Mais um elemento importante a ser
reconsiderado pelo método tradicional de ensino gramatical é o de que a
criança, enquanto ser em constante formação, aprende a língua materna, porque
aprende a participar da vida em sociedade. Esse ato consolida-se ao longo de
sua vida. Assim, para facilitar tal processo, ela pode valer-se do estudo de
gêneros, utilizando de maneira mais eficaz os recursos linguísticos disponíveis
na escola.
Logo, cabe ao professor, ao mediador,
auxiliar na ampliação do repertório de situações onde haja interlocução,
fazendo da sala de aula, uma grande oficina literária para o mundo.
RESENHA SOBRE O TEXTO A GRAMÁTICA A FAVOR DA LEITURA E
ESCRITA
Por Nicole, Adriana e Ananda
O texto A gramática a favor da leitura e da escrita, de Elisângela
Fernandes, publicada na revista Nova Escola, na edição de agosto de 2013,
busca orientar os professores sobre o trabalho da gramática aliada à leitura e
interpretação do texto.
Inicialmente, expõe-se o desafio que a prática do ensino da gramática
aliada ao texto representa, pois muitos professores não são preparados para
tal, uma vez que, em seu período escolar, aprenderam a gramática “pura” e na
formação acadêmica, muitas vezes, não aprenderam como realizar o trabalho
das normas gramaticais a partir do texto.
Na sequência, apresenta-se três modelos de trabalho que podem ser
realizados nesse sentido, partindo dos princípios defendidos pela teórica Mirta
Castedo, e que seriam aplicados desde as séries iniciais, nos momentos de
análises linguísticas, que seriam as atividades destinadas a resolver dúvidas
específicas, em situações contextualizadas dentro de um projeto ou em
situações descontextualizadas.
A primeira situação apresentada na reportagem ocorreu com uma turma
de quarto ano, com a qual a professora desenvolvia um projeto sobre as
fábulas por meio do qual trabalhava os conteúdos de gramática
contextualizados no texto. Houve um foco especial nas terminações verbais,
que apresentavam problemas nos textos dos alunos. Foi necessário fazer uma
pausa no projeto das fábulas para ensinar a diferença entre os verbos
terminados em ÃO e AM. Logo esse aprendizado foi aplicado no estudo das
fábulas, através da identificação das terminações dos verbos nos textos lidos.
O segundo caso exposto foi o de uma turma de 7º ano, em que a criação
de uma revista rendeu o aprendizado dos gêneros presentes na publicação,
como o artigo, a resenha e a crônica. Juntamente com o ensino desses
gêneros, foram trabalhados elementos textuais de coerência e coesão textuais,
como os pronomes, conjunções e elipses do sujeito no texto.
A terceira situação apresentada foi a de uma turma de 9º ano, que
trabalho o uso das conjunções através de reflexões sobre os sentidos que elas
podem produzir no texto e como elas podem auxiliar nas produções de gênero
argumentativo. Esse trabalho foi realizado paralelamente a leituras e escritas,
nas quais foi possível ver o uso prático das conjunções.
A partir dos exemplos dados pela reportagem, é possível perceber que
os alunos aprendem com maior facilidade a utilizar a língua e a perceber como
ela funciona na prática e não apenas de uma maneira abstrata, como está na
gramática. Para os professores, os exemplos servem para mostrar que é
possível trabalhar a língua de uma forma dinâmica e aliada ao seu uso prático.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
Por Andréia e Tamires
Elisângela Fernandes, em uma
reportagem para a revista Nova Escola, intitulada Gramática a favor da leitura e da escrita, aborda o que deveria
ser a maneira correta de ensinar Gramática. “Deveria” porque sabe-se que nem
todos os professores adotaram esse novo método educativo, pois, segundo
professoras entrevistadas, muitos docentes continuam a utilizar o meio
tradicional, ou seja, o ensino da gramática totalmente descontextualizado em
suas aulas. Isso ocorre, muitas vezes, pelo fato do próprio educador não estar
habilitado a nova proposta de ensino, tornando, assim, suas aulas uma mera
classificação de palavras.
Depois dessas críticas,
Fernandes apresenta três propostas de ensino correto da Gramática, elaboradas
por Mirta Castedo, pesquisadora argentina, a qual defende projetos em que,
desde os primeiros anos, seja ensinado a análise linguística contextualizada,
tendo como principal instrumento o texto. Para tanto, ela expõe essas propostas
para serem aplicadas de 6º a 9º ano.
Na primeira proposta, bem como
na segunda, os professores adotaram método da reescrita de uma crônica, focalizando
o uso dos pronomes como forma de evitar a repetição de palavras ao longo do
texto e obter a correta referenciação. Na terceira, após se perceber que a maioria dos alunos utilizavam de forma inadequada os verbos e seus
tempos, fez-se a leitura de textos, a identificação dos verbos e exercícios
visando o adequado uso desses tempos verbais.
Como docente e estudiosa da
Língua Portuguesa, acredita-se que está mais do que na hora dos professores
tomarem consciência de que o ensino da língua materna deve estar sempre que
possível contextualizado, até porque a mesma palavra, dependendo do contexto,
pode ser classificada de diferentes formas. As propostas oferecidas são
bastante significativas para os interessados no verdadeiro ensino de nossa língua.
O USO CORRETO DA GRAMÁTICA
Por Vanderlei, Denise e Janaína
A
revista Nova Escola relata em uma de suas reportagens o tema “Gramática na sala
de Aula a favor da leitura e da escrita” a importância de trabalhar gramática
em sala de aula, fugindo do modo tradicional ensinado. Geralmente, a gramática é aplicada aos alunos de forma não contextualizada, ou seja, frases soltas sem
estar inseridas em um contexto, dificultando o aprendizado do aluno, e não
prendendo sua atenção.
O
objetivo da reportagem é defender o ensino da gramática em sala de aula não
trabalhando apenas frases soltas, mas sim inseridas em textos com assuntos
interessantes aos alunos, evidenciando a sua realidade de vida. Tudo acontece
dentro de um projeto didático, para que o aluno saiba localizar dentro de um
conteúdo aplicado as situações gramaticais. O texto afirma que os professores
apreenderam da mesma forma que estão ensinando e que o problema não estaria só
na sala de aula, mas também nas salas de formações acadêmicas.
Ensinar gramática deixando de lado o modo tradicional nem
sempre é fácil, pois exige do docente um plano de aula elaborado que facilite o
processo cognitivo de seus alunos ao entendimento do conteúdo.
Depois de várias críticas em sua reportagem sobre o modo
de ensinar, Elisângela Fernandes deixa claro que é possível balancear o modo de
ensinar gramática. Segundo ela, o ensino
da gramática deve ser de uma forma coerente envolvendo os alunos em atividades
capazes de fixar e entender o conteúdo trabalhado em sala de aula, facilitando
assim o docente alcançar seu objetivo de ensinar a gramática.
GRAMÁTICA
A FAVOR DA LEITURA E DA ESCRITA
Angela Berton e Leandro
Lui
De
todas as guerras travadas nos corredores das escolas, uma das mais fervorosas é
entre o texto e a gramática. Batalhas acaloradas ocorrem todos os dias entre
professores de língua portuguesa e, até, de outras disciplinas. Poucos veem
lógica no ensino da última para nossos pupilos, e quando falamos da gramática
em seu estado puro, talvez esses tenham razão, pois todo o regramento que a
compõe não faz sentido sem a sua aplicação na prática, ou seja, no texto.
Pois
bem, sabemos que a compreensão de textos é fundamental para tudo em nossa vida,
sobretudo no aprendizado das diversas disciplinas ensinadas na escola. No
entanto, não podemos esquecer que o conhecimento gramatical é preponderante na
assimilação de qualquer ideia. É consenso, então, que tanto o texto, quanto a
gramática devem ter cadeira cativa nas aulas de língua portuguesa. E como
gerenciar esses dois generais egocêntricos em uma mesma aula?
Na
revista Nova Escola de Agosto de 2012, Elisângela Fernandes escreveu um artigo
chamado “Gramática a favor da leitura e da escrita”, onde aponta a necessidade
de se articular o texto com a gramática para a melhor compreensão de ambos. No
fundo, todos aceitamos essa ideia, no entanto, colocá-la em prática parece ser
uma afronta a todos os preceitos educacionais que temos visto. Onde é que já se
viu, trabalhar regras gramaticais juntamente com a interpretação textual? Pois
é. Esse parece ser o caminho, não mais confortável, mas o que mais longe leva.
Elisângela
apresenta ainda exemplos de atividades desenvolvidas por diversas professoras
que buscam abordar a gramática dentro do texto, fazendo com que os alunos não
passem pelo drama da conjugação verbal ou das análises sintáticas em frases
descontextualizadas. Além disso, essas atividades promovem uma melhor
compreensão dos textos trabalhados. Logicamente, isso pode dar mais trabalho do
que o normal para essas professoras, mas os alunos certamente terão uma visão menos
traumática da gramática e uma compreensão de textos mais profunda.
DE
QUE MANEIRA ENSINAR OS ELEMENTOS DE COESÃO?
Por Dieila, Lílian e Ana Lúcia
O projeto elaborado pela
professora Silvia Leticia de Andrade, para os alunos do 7º ano da Escola
castanheiras, em Santana de Parnaíba, São Paulo, publicado na Revista Nova
Escola, em agosto de 2012, teve como objetivo o ensino dos gêneros crônica
narrativa, notícia, entrevista, artigo de opinião, resenha crítica e
reportagem, por meio de atividades de leitura e escrita, a fim de que entendessem
os marcadores de coesão textual, como por exemplo, os pronomes, as conjunções e
os casos de sujeito implícito.
A docente teve como
iniciativa este projeto para que os alunos aprendessem a utilizar os elementos
de coesão textual, com o intuito de evitar repetições em um texto. Para isso,
utilizou como instrumento de sistematização uma adaptação do início da crônica Quando Se É Jovem e Forte, de Affonso
Romano de Sant’Anna, e nela havia inúmeras repetições da expressão a mulher.
Então, a professora pediu para que os alunos reescrevessem o texto
eliminando estas repetições.
O interessante de tudo
isso é que ao finalizar a atividade proposta os discentes perceberam o quanto se
torna pobre um texto com palavras e expressões repetidas. E o melhor de tudo é
que eles, sem ter conhecimento, empregaram corretamente os elementos de coesão
textual. Após isso, durante a correção coletiva, os alunos receberam a crônica
original, e para finalizar, houve uma discussão do assunto em questão.
É necessário que o
professor ensine a gramática dentro de um contexto, e foi exatamente isso que
Silvia fez, ela propiciou aos discentes a construção do conhecimento, de forma
que não ganharam o conceito pronto do conteúdo ensinado, mas fez com que eles
percebessem e conceituassem dentro de um texto os elementos de coesão, pois,
quando é usada esta metodologia o resultado é satisfatório.
Dessa forma, como futuras
professoras de Língua Portuguesa, temos que parabenizar a professora pelo belo
trabalho com a turma, pois, acreditamos que ensinando a gramática em um
contexto e não em uma frase isolada, o conteúdo se torna claro para o aluno e
tal conhecimento é absorvido.
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